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Política

Apesar de coniventes, deputados apoiam fim da cortesia com chapéu alheio

Leonardo Rocha | 18/06/2015 13:58
Deputados apoiam PEC, apesar de coniventes ao aprovar projetos que previam estes reajustes além do mandato dos gestores (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Deputados apoiam PEC, apesar de coniventes ao aprovar projetos que previam estes reajustes além do mandato dos gestores (Foto: Roberto Higa/ALMS)

Apesar de terem sido coniventes, com reajustes concedidos pela gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), que deixou acordos para pagamento da atual gestão, os deputados apoiam a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que impede os chefes do executivo de fazer “cortesia com o chapéu alheio”, em benefícios e aumentos que serão pagos depois do seu mandato.

O deputado Renato Câmara (PMDB) ressaltou que a proposta é interessante, porque este reajuste ou benefício será pago pelo gestor durante sua administração, restando ao próximo administrador tomar suas próprias decisões.

Ele ponderou que em outros casos, que envolve incentivos, financiamento e programas de maior duração, então se coloca aos deputados avaliar. “Assim a Assembleia tem autonomia para decidir, mas no caso dos servidores apoio a mudança”, disse ele.

Para Ângelo Guerreiro (PSDB) esta ação ocorreu porque era permitido, mas que se houver esta mudança favorece muito tanto o atual gestor, como o próximo. “Sabemos como funciona esta troca de governo, se faz conta para os outros pagarem, se mudar vai dar mais segurança financeira a quem assumir”, ponderou.

O líder do governo, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), também viu a proposta como algo positivo, lembrando dos casos tanto da prefeitura de Campo Grande, quanto do governo estadual, que sofrem com esta situação. “Estes acordos e reajustes para depois do mandato trazem problemas para seu sucessor, cabe oa gestor atual organizar seu orçamento, não se pode fazer a festa e mandar a conta para o vizinho”, disse o tucano.

Apesar desta postura, os deputados estaduais aprovaram os reajustes e acordos feitos pelo governo anterior com os servidores, que em alguns casos, estavam juntos com o plano de cargos e carreiras, que resultou no pagamento das contas pelo atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Esta situação inclusive gerou um desconforto entre o executivo e os servidores em relação ao reajuste deste ano, já que o tucano alega que a data base foi antecipada em dezembro, enquanto que os servidores dizem que se tratou do pagamento de “distorções salariais”.

“Se este projeto já tivesse sido aprovado, nem haveria esta discussão, pois cada um cuidaria do reajuste do seu mandato, sem passar para o outro, ou vice-versa”, disse Beto Pereira (PDT), autor da proposta. A matéria segue agora para as análises das comissões permanentes, para depois ser avaliado em plenário pelos deputados.

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