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Política

Apesar de pregar reforma, bancada começa dividida e mantém regra

Lidiane Kober e Antonio Marques | 27/05/2015 14:45
Marun foi o único de MS que deu aval para serem eleitos os deputados e vereadores mais votados (Foto: Divulgação)
Marun foi o único de MS que deu aval para serem eleitos os deputados e vereadores mais votados (Foto: Divulgação)

Apesar de pregar a necessidade de reforma política, a bancada sul-mato-grossense na Câmara Federal começou o debate dividida, rejeitou mudanças e acabou mantendo o modelo atual de eleição para deputados e vereadores. A falta de consenso sinaliza indefinição sobre o que os parlamentares querem mudar.

Um dos pontos mais polêmicos do debate, o chamado “distritão”, modelo em que os deputados e vereadores seriam eleitos apenas de acordo com a quantidade de votos recebidos, no sistema majoritário, contou apenas com o voto favorável do deputado federal Carlos Marun (PMDB).

A proposta foi capitaneada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele, porém, nem conseguiu aglutinar seu partido. O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS), por exemplo, votou pelo sistema distrital misto – em que metade das vagas seria preenchida por lista e a outra metade pelo voto majoritário em distritos.

A mesma proposta ganhou o apoio do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM). No entanto, foi rejeitada pelo Plenário por 369 votos a 99 e 2 abstenções.

Os parlamentares sul-mato-grossenses também rejeitaram o sistema de votação em listas fechadas, que previa a distribuição das vagas de acordo com listas preordenadas pelos partidos. A votação terminou com 402 votos contra, 21 a favor e duas abstenções.

Representantes do PT na Câmara, os deputados Zeca do PT e Vander Loubet votaram contra as três opções de mudança; mesmo posicionamento de Dagoberto Nogueira (PDT) e de Elizeu Dionizio (Solidariedade). A deputada Tereza Cristina Correa da Costa Dias (PSB) não participou da votação.

Sem consenso, a Câmara acabou mantendo o atual sistema de votação para deputados e vereadores. Já no quesito financiamento privado de campanha, dos oitos parlamentares de MS, só Marun e Resende declararam-se a favor da proposta. Hoje, serão apreciadas novos pontos, como o fim das coligações proporcionais e da reeleição.

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