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Política

Após alguns mudarem de ideia, toda bancada de MS é contra "fundão" eleitoral

Parlamentares sul-mato-grossenses que votaram a favor, agora são pelo veto do presidente

Adriel Mattos | 01/09/2021 09:15
Montagem mostra os oito deputados federais. Na ordem de cima para baixo: Beto Pereira, Bia Cavassa, Dagoberto Nogueira, Fábio Trad, Loester Trutis, Luiz Ovando, Rose Modesto e Vander Loubet. (Fotos: Arquivo/Câmara dos Deputados)
Montagem mostra os oito deputados federais. Na ordem de cima para baixo: Beto Pereira, Bia Cavassa, Dagoberto Nogueira, Fábio Trad, Loester Trutis, Luiz Ovando, Rose Modesto e Vander Loubet. (Fotos: Arquivo/Câmara dos Deputados)

Depois da forte repercussão sobre o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, o presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou o incremento na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022. Agora, o Congresso Nacional deve decidir se mantém ou derruba o veto.

No mês passado, a bancada de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados se dividiu e metade votou a favor do aumento. Agora, há quase uma unanimidade para barrar a iniciativa.

O Campo Grande News procurou os oito deputados federais. Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD), Loester Trutis (PSL) e Vander Loubet (PT) vão manter a posição e seguir contra o incremento.

“Votarei para manter o veto, coerente com minha votação anterior”, frisou Fábio Trad. “Com esse valor exorbitante, sim (para manter o veto)”, disse Dagoberto Nogueira.

Já Rose Modesto (PSDB) justificou que votou a favor pela LDO. “Eu sou contra esse aumento. Votei pela LDO”, destacou. Em nota, Luiz Ovando (PSL) reforçou que também é contra e foi a favor por conta do projeto do orçamento.

A reportagem tenta, desde sexta-feira (27), uma posição dos deputados Beto Pereira (PSDB) e Bia Cavassa, mas não obteve resposta até a presente publicação.

Histórico - Em julho, a Câmara dos Deputados aprovou o texto da LDO por 278 votos contra 187. O aumento do fundo foi incluído no projeto.

Há dez dias, Bolsonaro sancionou a prévia do orçamento, mas vetou os R$ 5,7 bilhões para o fundo. Com o veto, o fundo eleitoral fica, por ora, no valor anterior e usado em 2020, R$ 2 bilhões.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que o novo valor do fundo será definido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e incluído no Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) do ano que vem. A pasta também confirmou que houve veto das despesas previstas para o ressarcimento das emissoras de rádio e de televisão.

Conforme levantamento do Campo Grande News, o aumento do chamado "fundão", pode fazer com que o valor gasto nas eleições em 2022 beire os R$ 100 milhões, apenas em Mato Grosso do Sul - em 2018, o gasto foi de R$ 27,9 milhões, o que proporcionalmente subiria para R$ 93,5 milhões se acompanhasse o total do fundo.

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