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Política

Após arrecadar R$ 351 mil, deputado estadual desiste de disputar reeleição

Kleber Clajus e Leonardo Rocha | 10/09/2014 13:37
Osvane Ramos alegou que decisão não foi apenas financeira (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)
Osvane Ramos alegou que decisão não foi apenas financeira (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)

Após arrecadar R$ 351 mil, o deputado estadual Osvane Ramos (PROS) desistiu de disputar a reeleição. Apesar de ter recebido R$ 150 mil do comitê do candidato a governador Delcídio do Amaral (PT), ao fazer o anúncio da desistência na tribuna da Assembleia Legislativa, o parlamentar acusou o petista de não lhe dar apoio financeiro nem ter diálogo. 

“Não é apenas questão financeira. Compromissos financeiros não estão se cumprindo faz tempo. Não consigo sequer falar com o candidato Delcídio. Vocês sabem o que são um ano, quatro meses e dez dias andando em campanha? Eu coloco minha conta à disposição para confirmar o que estou dizendo”, afirmou Osvane Ramos na tribuna do Legislativo estadual.

Dados da segunda prestação de contas da campanha, encaminhados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), demonstram que o candidato arrecadou, entre julho e agosto, R$ 351.651,20. As maiores doações vieram da direção estadual do PROS (R$ 150 mil) e do comitê de campanha de Delcídio (R$ 150 mil). No segundo caso, foram duas parcelas originárias da construtora Triunfo (R$ 65 mil) e Equipav Engenharia Ltda (R$ 85 mil).

Em contrapartida, os gastos com materiais publicitários, atividades de militância na rua, combustível e imóvel do comitê de campanha somaram R$ 351.180,44 no período. Com isso, restariam apenas R$ 470,76 em caixa.

Após conferir a arrecadação do candidato no site do TSE, o Campo Grande News ligou várias vezes para o telefone celular do deputado Osvane Ramos, mas ele não atendeu às ligações. Delcídio e a sua assessoria de imprensa também foram procurados, mas não atenderam nem retornaram às ligações.

De acordo com a Justiça Eleitoral, a renúncia ao registro de candidatura é homologada por decisão judicial e impede que o candidato volte a concorrer para o mesmo cargo na mesma eleição. Após a comunicação da renúncia, o partido ou coligação tem até 10 dias para substituir o candidato.

Com a desistência de Osvane, sobe para sete o número de deputados que não disputarão vagas para a Assembleia Legislativa. Integram a lista Carlos Marun (PMDB), candidato a deputado federal, Dione Hashioka (PSDB), Antônio Carlos Arroyo (PR), Jerson Domingos (PMDB), Márcio Monteiro (PSDB), candidato a deputado federal, e Londres Machado (PR), candidato a vice-governador na coligação com o PT.

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