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Política

Após polêmica com índios, vereador bate-boca com colegas

Autor de proposta, André Salineiro (PSDB) acusou parlamentares de rejeitarem seu projeto por serem da “bancada do prefeito”

Danielle Valentim | 27/03/2018 12:57
Em princípio, a proposta seria votada em bloco, com outros quatro projetos, mas o vereador Fritz (PSD) quis discutir antes da votação. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)
Em princípio, a proposta seria votada em bloco, com outros quatro projetos, mas o vereador Fritz (PSD) quis discutir antes da votação. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)

O vereador André Salineiro (PSDB) envolvido em uma polêmica com índios no início do mês, entrou novamente em um "mal estar", desta vez com os colegas, ao acusar parlamentares de rejeitarem seu projeto por serem da “bancada do prefeito”.

O projeto de lei 8417/17 dispõe da criação sistema municipal de coleta móvel de sangue. A proposta teve 18 votos contrários e apenas sete favoráveis.

Em princípio, a proposta seria votada em bloco, com outros quatro projetos, mas o vereador Fritz (PSD) quis discutir antes da votação. O parlamentar alegou que coleta de sangue não é prerrogativa do município, que a proposta teria de ser regulamentada, e que no momento o projeto seria inviável ao município.

Na tribuna, antes de declarar o voto, o autor da proposta rebateu a alegação de Fritz e afirmou que coleta não é exclusiva do Governo do Estado e que o texto seria uma oportunidade para o município regulamentar a coleta. “Porque na hora de falar de saúde, dizer que defende a saúde todos falam, na hora que a gente apresenta uma proposta votam não”, disse.

Em sua declaração de voto, o vereador João César Mattogrosso (PSDB) sugeriu que Salineiro tomasse mais “cuidado ao usar o microfone”. “É preciso tomar mais cuidado ao usar o microfone, não é “bancada do prefeito” cada um tem sua escolha de voto”, disse.

Vereador delegado Wellington (PSDB) reiterou a fala de Mattogrosso sobre “ser comedido ao usar a tribuna” e durante declaração de voto propôs que Salineiro se retratasse aos colegas ofendidos. A sugestão foi negada pelo parlamentar que permaneceu em seu lugar.

Vinícius Siqueira, vereador pelo (DEM), defendeu a fala de Salineiro, dizendo que a casa é do povo e que por representar mais de oito mil eleitores tinha liberdade de expressão para o bem ou mal. “Agora recriminar a palavra do colega eu não acho justo”, disse.

O presidente da Casa professor João Rocha (PSDB), em nome da mesa diretora, pontuou a importância de projetos passarem pela segunda votação.

Outros - Ainda durante a sessão foram aprovados o Projeto de Lei n. 8.502/17, da vereadora Dharleng Campos, que dispõe sobre a obrigatoriedade de reservar no mínimo 10% das vagas das empresas que participam de programas de benefício ou isenção fiscal do município de campo grande para o 1º (primeiro) emprego e dá outras providências.

Também Projeto de Lei n. 8.520/17, de autoria dos vereadores Carlão e Gilmar da Cruz, que institui o Programa Municipal de Exame de Trombofilia, ao respectivo tratamento, na Rede Municipal de Saúde.

Ainda o Projeto de Lei n. 8.575/17, de autoria do vereador André Salineiro, que autoriza o Poder Executivo Municipal a criar em caráter permanente a coordenadoria de atendimento psicossocial na Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social – SESDE.

E por fim, o Projeto de Lei n. 8.579/17, de autoria do vereador Fritz, que institui a Política Municipal de Proteção à Saúde Bucal das Pessoas com Deficiência.

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