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Política

Base aliada vai contra Bernal e veto a reajuste é derrubado por 27 votos

Jéssica Benitez | 28/05/2013 14:26
Base discute e decide não acompanhar Bernal em veto (Foto: Marcos Ermínio)
Base discute e decide não acompanhar Bernal em veto (Foto: Marcos Ermínio)
Alex vai contra Bernal e ajuda a derrubar veto (Foto: Marcos Ermínio)
Alex vai contra Bernal e ajuda a derrubar veto (Foto: Marcos Ermínio)
Servidores vão à Câmara protestar contra veto de prefeito (Foto: Marcos Ermínio)
Servidores vão à Câmara protestar contra veto de prefeito (Foto: Marcos Ermínio)

Nem mesmo a base aliada ao prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), deixou que permanecesse o veto do progressista as quatro emendas adicionais anexadas pela Câmara Municipal ao Projeto de Lei do Executivo n° 04/2013, que trata do reajuste salarial dos servidores municipais. Dos 29 vereadores, apenas Cazuza (PP) ficou ao lado do progressista. Ao todo foram 27 votos a favor da derrubada do veto.

Antes da votação, o líder de Bernal na Câmara, vereador Marcos Alex (PT), tentou de todas as formas convencer os colegas a manter a decisão de seu chefe. Para isso Alex fez uso da tribuna 10 minutos antes da votação. Ele aproveitou o tempo para mudar o foco às gestões anteriores.

“Por que fonoaudiólogos não tinham plantões nas administrações passadas? Por que só agora estão se lembrando destes profissionais?”, provocou fazendo referência à emenda que garante o plantão de serviço dos fonoaudiólogos, da categoria de referência 14, fica fixado em R$ 583,97, nos feriados e finais de semana e vetado pelo prefeito.

Em resposta, Paulo Siufi (PMDB) disse que as gestões peemedebistas trouxeram muitos benéficos à Capital. “Vários segmentos foram atendidos, mas até então os fonoaudiólogos não tinham vindo à Câmara pedir ajuda”, justificou. Outro artifício de Alex foi pedir suspensão da sessão por cinco minutos para reunir a base com intuito de entrar em consenso com os vereadores. No entanto, o pedido foi negado.

Ao perceber que vários colegas da base estavam acompanhando a oposição, inclusive seu companheiro de partido José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, Alex não teve coragem de ir contra o reajuste de 15% nos plantões de serviço de odontólogos, veterinários, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, farmacêuticos e farmacêuticos-bioquímicos, profissionais estes que se fizeram presentes na sessão de hoje munidos de cartazes para protestar contra o veto do chefe do Executivo.

O único escudeiro fiel a ficar ao lado de Bernal foi Cazuza. O líder do Partido Progressista na Casa de Leis não se intimidou com a presença dos protestantes e votou a favor do veto. “Há vícios jurídicos nessas emendas”, explicou, sem surtir efeito, pois foi bastante vaiado pela “plateia”. Outra surpresa foi o vereador Chocolate que foi no embalo dos opositores. “Tenho respeito pelo prefeito, mas não posso ir contra o povo”, disse.

Agora, após ser votado em regime de urgência e em turno único de discussão e votação, a derrubada do veto segue para promulgação pelo presidente da Casa, vereador Mario Cesar (PMDB). Hoje pela manhã, durante evento no bairro Parque do Sol, Bernal alegou que não foi a favor das emendas adicionais porque algumas foram feitas muito mais para prejudicar sua administração do que para beneficiar os trabalhadores.

“Eles (vereadores) querem fazer cortesia com chapéu dos outros. Querem tirar recursos que poderiam ser investidos em obras e educação, sendo que lá na frente os próprios servidores podem ser obrigados a devolver”, alegou o progressista.

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