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Política

Benefício a professores de tempo integral gera impasse na categoria

Projeto deve ser votado na quarta-feira na Assembleia

Leonardo Rocha | 16/05/2017 13:35
Deputados conversam sobre o projeto com representantes dos professores (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados conversam sobre o projeto com representantes dos professores (Foto: Victor Chileno/ALMS)

O projeto do governo estadual que concede gratificação de 15% no salário dos professores, que trabalham em tempo integral, gerou impasse e polêmica na Assembleia. Além da oposição não querer votar em regime de urgência, uma parte da categoria quer mudanças na proposta e ampliação do benefício.

O governo tem a intenção de estimular este profissionais, que tem dedicação exclusiva, nas escolas de tempo integral, concedendo a gratificação de 15% no salário, que seria em média um aumento de R$ 500,00 no vencimento. A previsão é que 220 professores (12 escolas) serão contemplados, sendo oito em Campo Grande e quatro no interior.

No entanto a polêmica começou semana passada, quando a oposição não quis fazer acordo de liderança, para votar o projeto na última quinta-feira (11). A justificativa do deputado João Grandão, líder do PT, era que não havia necessidade para "adiantar" a apreciação da matéria.

O impasse continuou na sessão de hoje (16), quando o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, foi a tribuna dizer ser contra a matéria, porque este benefício não será incorporado ao salário, para fins previdenciários.

"Não pode ser apenas um abono, que não vai ser contado no final (previdência), então o governo poderia pagar com uma aula complementar ou contrato a parte, assim o trabalhador teria direito sobre esta remuneração no futuro", justificou.

Outra reivindicação é que o benefício também seja estendido a outros professores, que também trabalham em 40 horas, em escolas estaduais, que não são de tempo integral. "Na escola de tempo integral, ainda tem almoço, lanche e não se precisa deslocar, em outros casos o professor trabalha o dia inteiro, e também poderia receber a gratificação".

Um grupo de professores que trabalham em tempo integral vaiaram o discurso do presidente da Fetems, enquanto que outra parte da categoria aplaudiu. "Esperamos que haja as mudanças, até para que tenha isonomia para todos e não divida a categoria", disse Botareli.

O líder do Governo, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), justificou que houve uma audiência pública para votar a proposta, que sanou todas as dúvidas sobre a gratificação. Como não houve quórum hoje (16), ele revelou que o projeto deve ser votado em definitivo, na próxiam quinta-feira (18).

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