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Política

Bluma defende combate à ineficiência e implantação de polo tecnológico

Em visita ao Campo Grande News, candidato também aponta necessidade de enfrentamento à corrupção e investimentos no turismo para dinamizar economia

Humberto Marques | 29/08/2018 18:43
Candidato afirma que inserção de tecnologias ajudará na eficiência de serviços e desenvolvimento do Estado. (Fotos: Guilherme Rosa)
Candidato afirma que inserção de tecnologias ajudará na eficiência de serviços e desenvolvimento do Estado. (Fotos: Guilherme Rosa)

Em 15 anos no PV, Marcelo Bluma encampa em 2018 sua terceira campanha majoritária –concorreu à Prefeitura de Campo Grande em 2012 e 2016. Em uma coligação que reúne ainda Rede e o PC do B, pauta suas propostas para o governo do Estado em setores como o combate à ineficiência e a corrupção no setor público, desenvolvimento do turismo e instituição de um polo tecnológico que permita a Mato Grosso do Sul atrair investimentos e melhorar a prestação de serviços públicos.

Ex-vereador da Capital, engenheiro e advogado, Bluma faz comparativos entre o setor público e a iniciativa privada para defender mudanças no primeiro que permitam dar agilidade à máquina com um menor custeio. Um dos três tripés de sua plataforma de gestão, detalhada durante visita ao Campo Grande News na tarde desta quarta-feira (29).

“O mundo hoje atravessa um período de muita tecnologia, informática, e nós não acompanhamos esse processo”, afirma Bluma, usando como referência o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) que, com a informatização, reduziu a burocracia e acelerou a tramita;ão de processos. “Facilita para o usuário, economiza para o poder público e tem rapidez muito maior no atendimento”.

A ideia, frisa o candidato a governador do PV, é transpor essa informatização para a gestão estadual, o que passa pela implantação de um polo de tecnologia. “Senão ficaremos completamente defasados em relação ao mundo”, afirmou, citando que o agronegócio já assimilou tecnologias permitindo aumento da produção e integração de culturas –o próximo passo seria atrair indutores desses avanços de outros centros para o Estado.

Bluma defende combate à ineficiência e implantação de polo tecnológico

“Quero, no primeiro dia, fazer uma auditoria em todos os incentivos fiscais concedidos em 15 anos, até para fazer justiça com aqueles que deram resultado”

Desperdício – O custeio de tais investimentos, afirma Bluma, viria de outro dos alicerces de sua campanha: o combate à corrupção e desperdício.

“Precisamos modernizar a administração pública, enfrentar os processos de corrupção. Quero, no primeiro dia, fazer uma auditoria em todos os incentivos fiscais concedidos em 15 anos, até para fazer justiça com aqueles que deram resultado”, afirma. “Não é possível que você pague impostos corretamente e empresas que não o fazem não deem o resultado que deveriam”.

Tal desafio também passa por incentivos ao funcionalismo, principalmente aos servidores mais antigos, por meio da valorização dos efetivos. O candidato também defende construções políticas que não envolvam a negociação de cargos ou indicações, restringindo tais conversas a “construções” com os apoiadores envolvendo ações efetivas. “Se a gente fizer política é possível construir muita coisa sem a esculhambação do toma-lá-dá-cá”, afirmou.

Alicerces – Segundo Bluma, construções como investimento em tecnologia e incentivo à eficiência são necessárias para dar suporte a outras ações esperadas da administração, como saúde, educação e segurança. “É a visão de engenheiro: você não faz o telhado, a laje, se não fizer a fundação. O governo não vai conseguir atender a saúde, a segurança, se não enfrentar primeiro os gargalos que existem aí”.

Entre os “gargalos”, o candidato cita a questão financeira, incentivando o crescimento da arrecadação “fechando as torneiras e drenos que existem na administração pública”; bem como a ineficiência, “porque você tem um monte de gente e o serviço que não acontece. Para ter serviços de qualidade precisamos fazer com que a máquina funcione bem”.

Bluma defende combate à ineficiência e implantação de polo tecnológico

“É a visão de engenheiro: você não faz o telhado, a laje, se não fizer a fundação. O governo não vai conseguir atender a saúde, a segurança, se não enfrentar primeiro os gargalos que existem aí”

“Não significa cortar, mas fazer funcionar bem”, emendou Bluma, reiterando que o processo, naturalmente, incorpora aumento da tecnologia com redução no número de pessoas envolvidas em determinados setores. “Imagine se as pessoas puderem, e tem plataforma para isso, marcar consulta sem necessariamente esta rna fila, o benefício muito grande para ele e para o poder público, com menos pessoas em todo o processo. Precisamos investir nisso”.

Turismo – Bluma ainda reforça a necessidade de investimento mais efetivo no turismo, como uma das alternativas para diversificar uma economia baseada em commodities.

“Infelizmente a visão que temos é de que é uma atividade marginal, que colabora pouco, mas não é verdade: é uma indústria forte no mundo inteiro, e temos grandes atrativos. Bonito, o Pantanal e uma possibilidade na área de fronteira, onde ocorreu a Guerra do Paraguai, o maior conflito das Américas depois da Guerra da Secessão dos Estados Unidos. Na Filadélfia há museus com a Carta de Thomas Jefferson (ex-presidente e signatário da Declaração de Independência dos EUA), o Sino da Liberdade, um grande circuito turístico com museus contando parte dessa história”.

Bluma complementa destacando que o próprio Paraguai, por meio de museus, explora essa atividade melhor que o Brasil, e que Mato Grosso do Sul, hoje, perde turistas para outros Estados pela falta de atrativos.

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