ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 22º

Política

Câmara terá de informar quantos comissionados serão demitidos

Acordo com o MPE previa concurso, que será feito, e informação sobre possíveis demissões, o que não aconteceu até agora

Mayara Bueno | 10/03/2017 18:34
Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo).
Câmara Municipal de Campo Grande. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo).

Acionada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) por manter funcionários comissionados em excesso, a Câmara Municipal de Campo Grande terá de informar o estudo que fez para chegar ao número de vagas no concurso público e informar análise sobre a quantidade excessiva de servidores em comissão e quantos serão demitidos.

Com a maioria de trabalhadores comissionados, aqueles que não passaram por concurso público, o que seria irregular, o Ministério Público entrou com ação civil contra a casa de leis em junho de 2016, pedindo que sejam demitidas pessoas em quantidade necessária para que o quadro de concursados e comissionados fique equilibrado.

Além disso, solicitou à Câmara a realização de um processo seletivo, o que vai ocorrer, já que MPE e o Legislativo Municipal fizeram acordo estabelecendo pontos.

Mas, segundo o Ministério Público, a casa de leis não respondeu ao item que estabelece estudo feito para chegar as 102 vagas que serão disponibilizadas, nem análise sobre o número excessivo de comissionados, “os quais serão substituídos em razão do concurso”.

De fato. Sempre quando questionado, o presidente da casa de leis, o vereador João Rocha (PSDB), afirma que o caso dos possíveis demitidos só será analisado após a realização do concurso, que ainda nem tem data. O que tem é a previsão de edital sair em maio.

“Apesar da informação da existência deste estudo, que teria inclusive subsidiado a decisão pela abertura do concurso para preenchimento das 102 vagas, não foram os documentos carreados nos autos”, traz a manifestação do MPE, que pede que a Câmara seja intimada a apresentar tais informações.

Lotada de comissionados - Segundo o MPE, 90% dos funcionários da casa são comissionados. No processo, a própria Câmara informou, em 2013, que foram criados 200 cargos de provimento em comissão e que, na época, já existiam 767 cargos de comissão e 128 de provimento efetivo. As ocupações seriam de assessor parlamentar.

Já em 2014, havia 662 comissionados, somando 703 servidores em toda Câmara, o que custava, na ocasião, R$ 9.973.777,65, entre janeiro e abril daquele ano. Do total, R$ 8.231.284,1 referia somente ao pagamento dos servidores comissionados.

Nos siga no Google Notícias