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Política

Câmara vai investigar Alceu Bueno por envolvimento na exploração sexual

Comissão de Ética para analisar o caso deve ser instituída na quinta-feira (23)

Kleber Clajus | 20/04/2015 13:40
Comissão de Ética, a ser criada nesta semana, será responsável por definir futuro político de Alceu Bueno (Foto: Divulgação)
Comissão de Ética, a ser criada nesta semana, será responsável por definir futuro político de Alceu Bueno (Foto: Divulgação)

O vereador Alceu Bueno (PSL) será alvo de Comissão de Ética, na Câmara Municipal de Campo Grande, após suposto envolvimento em uma rede de prostituição. O caso é investigado pela DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). A apuração legislativa por falta de decoro deve ser oficializada na quinta-feira (23), podendo resultar na perda de mandato do legislador.

Conforme o presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB), o caso gera preocupação e somente coletiva do delegado titular da DPCA, Paulo Sérgio Lauretto, deve esclarecer o real envolvimento do vereador.

“Temos que ter maturidade para encarar tudo, até porque o delegado ainda vai se pronunciar sobre isso. Se confirmada a veracidade dos fatos é inadmissível que não tomemos uma atitude. De fato e verdade só o que aconteceu até agora e, com o feriado, fica todo mundo em uma expectativa que deixa a imaginação fluir”.

Após se criar a comissão, um sorteio definirá seus membros. Eles serão responsáveis por apurar falta de decoro e deliberar as consequências ao mandato de Bueno, que podem incluir sua cassação. O processo ainda será apreciado pela maioria absoluta do Plenário, conforme determina o Regimento Interno.

Na quinta-feira, policiais prenderam em flagrante o ex-vereador Robson Martins e o empresário Luciano Roberto Pageu. Eles seriam responsáveis por extorsão contra Alceu Bueno para que este recuperasse imagens dele com duas supostas adolescentes nuas.

A prisão de Robson e Luciano, no entanto, foi convertida em preventiva pelo juiz da 5ª Vara Criminal, Waldir Peixoto Barbosa, tendo em vista conexão do caso com processo que tramita sob sigilo na 7ª Vara Criminal. Desde então os dois tiveram pedidos de liberdade negados e dizem, conforme o advogado de defesa Ramão Sobral, serem apenas mediadores em um processo comandado por Fabiano Viana Otero.

Extorsão e exploração sexual – Conforme inquérito policial, Fabiano Viana teria induzido adolescentes a registrarem com microcâmeras encontros com diversas pessoas, incluindo Alceu Bueno que é pastor evangélico e está em seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Campo Grande.

O vereador foi procurado, em 23 de março, pelo empresário do segmento evangélico Luciano Roberto que invocou a Deus para oferecer ajuda: “Deus te blindou. Caíram umas meninas que iriam te extorquir”. Ele ainda sugeriu apoio do advogado e ex-vereador Robson Martins, que passou por situação semelhante, para mediar a recuperação de imagens com Fabiano e uma suposta cafetina.

Três dias depois, Bueno arrecadou com amigos e empréstimos R$ 100 mil para resolver o problema que continuou com novos pedidos de R$ 24 mil e R$ 50 mil, além do financiamento de viagem da cafetina até Minas Gerais. Já sem recursos, ele decidiu recorrer a polícia.

Policiais monitoraram novo encontro do grupo, na última quinta-feira, quando Luciano e Robson foram presos em flagrante após o vereador entregar R$ 15 mil no estacionamento do hipermercado Walmart, na Vila Célia.

Bueno, por sua vez, disse ter aceito participar do flagrante por ser inocente no processo e “um homem de bem”. Já sua situação na Câmara Municipal deve ser definida somente depois de esclarecido seu envolvimento ou não em inquérito sobre exploração sexual de adolescentes investigado pela DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

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