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Política

Candidatos apostam mais na internet e contratam menos cabos eleitorais

Kleber Clajus | 21/09/2014 09:23

Bandeiras e santinhos tem sido trocados pela presença dos candidatos a sucessão de André Puccinelli (PMDB) na internet e em debates. A mudança de postura também ocorre em decorrência do tempo seco, aposta no trabalho de militantes e participação dos postulantes ao governo na rua.

O professor de ciências sociais e políticas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Daniel Miranda, esclarece que a internet possibilitou a quem tem pouco ou muito dinheiro realizar sua campanha mais próxima ao eleitor. “O que mudou foi a maneira de fazer pelo custo benefício”, pontua.

Apuração do Campo Grande News apontou que o valor pago a cabos eleitorais inicia em um salário mínimo e pode variar conforme as horas trabalhadas, bem como a função desempenhada pelo contratado.

Júlio Cabral, que auxilia na campanha de Evander Vendramini (PP), ressalta que “cabo eleitoral só para balançar bandeira e colar adesivo não agrega nada”. Alegando pequena estrutura, ele ainda completa que voluntários são a maior força na hora de pedir voto, inclusive nas redes sociais.

No PMDB, o coordenador de campanha Rodrigo Aquino admite redução no número de pessoas envolvidas diretamente nas bandeiradas e panfletagem. Ele avalia que as mídias sociais e debates promovidos por entidades de classe preencheram o “vácuo da campanha de rua e comícios que tínhamos em outras eleições”. Nelsinho Trad, por sua vez, teve agenda reforçada no interior na busca da preferência pelo eleitorado.

Colocar Delcídio do Amaral na rua também é estratégia adotada pelo PT. A sigla, conforme Marcus Garcia, ainda aposta nos 46 mil filiados no Estado para convencer voluntariamente os indecisos e reverter votos de quem tem candidato certo. Já nas redes sociais, o discurso de proximidade traz atualizações sobre visitas ao interior, participação nos debates e reforço das propostas apresentadas no horário eleitoral.

Voluntários também representam 35% dos cabos eleitorais do PSDB, conforme Carlos Alberto Assis. Estes teriam sido conquistados durante o trabalho do Pensando MS, que se utilizou de encontros presenciais e da internet para ser construído. “ Dividimos o partido em segmentos e essas pessoas estão hoje na campanha do Reinaldo Azambuja. Esse trabalho foi feito antes de se pensar em eleição”, comenta Carlos.

Com restrição ao uso de cabos eleitorais, PSTU e PSOL se utilizam da própria militância para reforçar a campanha de Marco Antônio Monge e Sidney Melo, respectivamente. O primeiro partido nem mesmo libera informações sobre quantos militantes possui, já o outro estima que ao menos 500 dos 1,8 mil filiados estejam diretamente envolvidos nas eleições.

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