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Política

Cimi rebate declarações do Sindicato Rural e pede intervenção em MS

Paulo Fernandes | 22/11/2011 00:16

O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) elaborou um documento para rebater as declarações do presidente do Sindicato Rural de Aral Moreira, Osvin Mittanck, ao Campo Grande News e reforçar o pedido de intervenção federal em Mato Grosso do Sul.

Osvin levantou dúvidas sobre a veracidade dos atentados contra os índios na região, afirmou que os fazendeiros desconhecem situação e que não querem "confusão".

Para o Cimi, com essas declarações, o Sindicato Rural promove “uma fajuta tentativa de descaracterizar o covarde ataque” e coloca os produtores rurais “na situação de vítimas de uma grande injustiça, se defendendo sem ser atacado”.

Ao longo do documento, o Conselho reforça o pedido de intervenção federal no Estado. “Desde março do ano passado, o Cimi vem sistematicamente pedindo a intervenção Federal no Mato Grosso do Sul para garantir a segurança dos indígenas – atacados mês a mês sem piedade ou descanso dos assassinos. Quantas mortes e violência terão de ocorrer para que tal decisão seja tomada?”, questiona.

O Conselho Indigenista afirma ainda que informações vindas dos municípios de Amambaí e Ponta Porã dão conta de que grupos armados continuam mobilizados e as ameaças de novos ataques seguem presentes. “O Cimi recebeu denúncias, ainda não confirmadas, da existência de uma lista de lideranças Kaiowá Guarani que estariam marcadas para morrer. As denúncias nomeiam quatro importantes lideranças”.

No documento, o Conselho disse ainda “que os agressores dos indígenas têm medo da presença do Estado”. “É preciso investigar quem são os pistoleiros e seus mandantes; onde está o corpo do cacique bem como o paradeiro de dois jovens desaparecidos; intervenção Federal imediata no Estado do Mato Grosso do Sul, pois a situação é de grave violação aos direitos humanos; presença da Força Nacional para garantir a segurança dos indígenas e conclusão urgente do processo de identificação e delimitação das terras indígenas do Estado”, afirmou.

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