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Política

CPI da Homex aguarda documentos da Caixa para prosseguir com depoimentos

Kleber Clajus | 26/11/2013 09:03

Os vereadores da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Homex aguardam apenas o envio dos contratos entre mutuários e a Caixa Econômica Federal para dar prosseguimento às investigações sobre a atuação da empresa mexicana em Campo Grande.

De acordo com o presidente da CPI, vereador Alceu Bueno (PSL), dentre os questionamentos está o valor que a Caixa repassou à construtora, valor real de cada apartamento e como a financiadora pretende terminar 272 unidades e corrigir erros em outras 428 com cerca de R$ 3 milhões que reteve da construtora.

“A CPI não está parada e já solicitamos, por medida judicial, os detalhes do acordo entre a Caixa e a Homex, que não foram disponibilizados por se alegar sigilo entre as partes”, comenta Alceu. “Outro ponto é descobrir se a Caixa adiantou dinheiro para a construtora e porque ela abandonou a obra”.

Para o vereador Otávio Trad (PT do B), de posse dos contratos será possível analisar se cabe ou não responsabilidade solidária do banco financiador com os mutuários que foram prejudicados pela empresa mexicana, que em cinco empreendimentos no país deixou para trás calote de R$ 25 milhões.

“É preciso ainda observar que, mesmo com a empresa tendo decretado falência, os mutuários continuam a receber os boletos para pagamento do imóvel. Não há porque a empresa continuar recebendo esses valores quando não cumpriu seus compromissos”, pontua Otávio que também cobra explicações da prefeitura sobre a contrapartida da empresa com o município.

A CPI da Homex teve prazo para entrega do relatório final prorrogado, neste mês, para o dia 6 de fevereiro. Na próxima semana está previsto o depoimento de representantes do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia).

Falha na entrega - Das três mil casas que a Homex se propôs a construir na Capital, a empresa vendeu 700, das quais não entregou 272. O calote da construtora chega a R$ 24 milhões e os processos contra a mexicana começaram a surgir em 2012 e 2013.

Em regra, grande parte das unidades entregues apresentam infiltrações, rachaduras e desníveis no piso. Em alguns casos, até mesmo banheiros entupidos foram entregues, ainda que fora do prazo.

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