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Política

Crise em empreiteira não prejudica obras públicas, afirma Puccinelli

Aline dos Santos e Wendell Reis | 21/12/2011 13:08

“De qualquer maneira isso não me preocupa, porque sempre fico com duas medições para serem pagas”, diz

Governador explica que paga obra após conclusão de cada etapa e fez brincadeira sobre o fato de ser apontado como dono da CGR. (Foto: Pedro Peralta)
Governador explica que paga obra após conclusão de cada etapa e fez brincadeira sobre o fato de ser apontado como dono da CGR. (Foto: Pedro Peralta)

O governador André Puccinelli (PMDB) afirmou que a recuperação judicial da CGR Engenharia não vai prejudicar as obras públicas executadas pela empreiteira. “De qualquer maneira isso não me preocupa, porque sempre fico com duas medições para serem pagas”, afirmou Puccinelli hoje, em seu gabinete, durante assinatura de convênios para a Saúde.

Com mais de 15 anos no mercado, a CGR está em crise financeira e teve deferido o pedido de recuperação judicial, medida legal destinada a evitar a falência. Atualmente, a empresa executa a pavimentação da MS-436, entre os municípios de Figueirão e Alcinópolis, e da BR-359, entre a cidade de Coxim e a divisa com Goiás. A pavimentação da 359 foi lançada em 2008, orçada em R$ 101 milhões.

O governador deu pormenores de como comanda os processos de licitação. Segundo ele, o pagamento é feito após cada etapa ficar pronta e ter a qualidade aprovada.

“Funciona assim: faz o edital de licitação. Tem que ter no mínimo três, para ter disputa. Vejo a qualificação técnica; é obrigado a empresa a fazer a visitação, deve seguir o memorial descritivo que é elencado e aí começa a execução. Então, faz a primeira medição, segunda medição e depois apresenta o programa físico. Vai lá, testa. Estão corretos. Ai faz com que lancem a nota fiscal”, explicou.

Puccinelli afirma que desde quando foi prefeito de Campo Grande adotou o pagamento parcelado das obras públicas. Caso a CGR desista das obras, a segunda colocada na licitação é convocada.

O governador fez brincadeira com o fato de ser apontado como um dos donos da CGR Engenharia, junto com o deputado federal Edson Giroto (PMDB). “Se Giroto fosse sócio ela teria quebrado assim? Nunca foi. Disseram que eu era sócio. Então, eu deixaria quebrar?”, questionou.

Demissões – A empresa demitiu 400 trabalhadores em Coxim, Camapuã, Água Clara e Campo Grande. De acordo com o assessor jurídico do Sinticop/MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada), Luiz Mesquita Bossay Júnior, os demitidos vão receber o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), mas a forma de pagamento das verbas rescisórias só será definido após 60 dias, quando vence o prazo dado pela justiça para que a CGR apresente seu plano de recuperação.

Ontem, a CGR informou que se manifestaria somente por meio da assessoria de imprensa. A nota oficial deve informar que as demissões não são exclusivamente por conta da crise financeira, mas também por conclusões de obras e recesso do final de ano.

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