ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Política

Decisões da Anvisa e do STF sobre vacinas têm "impacto zero" em MS

Agência aprovou imunizante da Pfizer e SFT abriu caminho para compras por estados e prefeituras

Marta Ferreira | 23/02/2021 15:12
Funcionários carregam caixa com vacinas contra a covid-19, durante a primeira remessa recebida, em janeiro. (Foto: )
Funcionários carregam caixa com vacinas contra a covid-19, durante a primeira remessa recebida, em janeiro. (Foto: )

Duas notícias envolvendo a vacinação contra a covid-19 provocaram expectativa nesta terça-feira (22) de avanço no processo para proteger a população brasileira, mas o efeito prático para Mato Grosso do Sul, segundo apurou a reportagem, é nulo por ora.

De manhã, foi divulgada a aprovação do imunizante da Pfizer, pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), e agora à tarde a formação de maioria pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na votação para decidir se estados  municípios podem comprar as doses.

O Estado, até agora, conseguiu imunizar em torno de 150 mil pessoas contra a doença e aguarda novas doses do programa de imunização do governo federal.

Os ministros que já votaram entendem que os entes federativos podem fazer aquisições, o que liberaria governo e prefeituras para as compras por si próprios, como já cogitaram o governo estadual e a prefeitura de Campo Grande.

 O problema, diz taxativamente o secretário Geraldo Rezende, de Saúde, é que não há quem entregue, já que as negociações estão sendo feitas com a administração federal e nem essas estão andando.

Estamos nas mãos do governo federal, estamos hoje no pior cenário”, resume. Ele traduz como o panorama mais grave a falta de planejamento que colocou o Brasil “na rabeira”, nas palavras dele.

Quanto à vacina da Pfizer, que ganhou o registro, Resende afirma ser um  alento, mas lembra também as barreiras existentes.

Para ele, é uma boa notícia, “desde que nós tenhamos condições de comprar”, novamente citando a necessidade de o governo federal agir.

Sobre o imunizante da Pfizer, o titular da Saúde diz que há ainda a dificuldade do armazenamento, por necessidade de temperaturas de conservação muito baixas. Para ele, esse antígeno só vai ter condições de ser distribuído, se comprado, para cidades de médio e grande porte.

É um alento, mas a gente sabe muito bem que  a aprovação simples não tem poder de fazer com que tenha mais vacina”, pontuou.

Remessa – Nem tudo é negativo na conversa com o secretário. Ele informou que está prevista para amanhã nova remessa de doses de vacina contra a covid-19. A quantidade ainda vai ser definida.

Mato Grosso do Sul desde o início da imunização aplicou as doses em 3,84% da população geral.

Nos siga no Google Notícias