ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Política

Defesa de André Puccinelli desiste de pedido de liberdade no Supremo

Decisão foi informada ao STF três dias depois que Alexandre de Moraes foi escolhido para julgar o caso

Marta Ferreira | 10/08/2018 16:45
Puccinelli foi preso no dia 20 de julho. (Foto: Reprodução vídeo)
Puccinelli foi preso no dia 20 de julho. (Foto: Reprodução vídeo)

A defesa do ex-governador André Puccinelli, preso desde o dia 20 de julho, desistiu do pedido de liberdade que aguardava julgamento do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Ele é o magistrado que mandou prender o ex-deputado federal Edson Giroto e o empresário João Amorim, em maio deste ano, como desdobramento da Operação Lama Asfáltica.

A decisão dos advogados de Puccinelli foi comunicada em petição protocolada nesta sexta-feira (10), três dias depois de a presidente do Supremo, Carmem Lúcia, definir quem vai julgar o pedido, que também beneficia o filho do ex-governador, o advogado André Puccinelli Junior e outro advogado, João Paulo Calves. Os representantes de Puccinelli queriam outro ministro, Marco Aurélio Melo.

Trâmite - Quando foi distribuído, no dia 31 de julho, o HC caiu para o ministro Dias Toffoli, mas logo depois o próprio setor responsável no Supremo reconheceu que houve erro na decisão, apontando Moraes como destinatário da ação. O caso seguiu, então, para decisão da ministra Carmen Lúcia. Ao mesmo tempo, a defesa de Puccinelli e dos demais pleiteou que um terceiro ministro fosse designado para analisar o pedido: Marco Aurélio Mello.

Segundo a defesa, o argumento para isso é que, em 2016, Marco Aurélio foi o primeiro a analisar habeas corpus ligado à Lama Asfáltica. À época, em decisão liminar, ele concedeu liberdade a Giroto e outros presos na Fazendas de Lama (a terceira fase da Lama Asfáltica). Carmem Lúcia, porém, entendeu que Alexandre de Moraes, responsável pela decisão mais recente do caso, é quem deve julgar o pedido de liberdade.

“Demora” - No documento informando a desistência, assinado pelos advogados Cesar Roberto Bitencourt, Vania Adorno Bitencourt, André Espanhol, do Distrito Federal, além de Renê Siufi e André Borges, de Mato Grosso do Sul, fazem o pedido citando a demora no julgamento.  Agora, o ministro Alexandre de Moraes vai decidir se aceita ou não o pedido.

Pedido da defesa de Puccinelli vai ser apreciado por Alexandre de Moraes. (Foto: Agência Brasil)
Pedido da defesa de Puccinelli vai ser apreciado por Alexandre de Moraes. (Foto: Agência Brasil)

Desde 20 de julho, a defesa de Puccinelli e dos outros dois presos tem recebido nãos seguidos na tentativa de libertartá-los. A mais recente foi na quarta feira (&), quando a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve a prisão, ao avaliar o mérito do pedido de HC.

A negativa anterior havia ocorrido em 27 de julho, quando o ministro Humberto Martins, também do STJ, não concedeu a liminar. Ele atuou no caso por ser período de recesso no tribunal. Com a retomada dos trabalhos, o habeas corpus foi para a ministra, relatora do processo.

O ex-governador, o filho e Calves já tiveram pedido de liberdade negado também no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e aguardam julgamento de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Os três foram presos na operação Lama Asfáltica, força-tarefa da PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal.

As prisões estão relacionadas à lavagem de dinheiro por meio do Instituto Ícone, cujo dono oficial é Calves, apontado como testa de ferro de Puccinelli Júnior. Além de ocultação de provas numa quitinete, onde foram encontrados documentos do ex-governador.

Calves está preso em uma sala especial no Presídio Militar de Campo Grande, que tem essa prerrogativa prevista em lei por ser advogado. Já o advogado Puccinelli Júnior abriu mão da sala para ficar ao lado do pai numa cela especial no Centro de Triagem Anísio de Lima, destinada a presos com ensino superior.

A reportagem tentou falar com a defesa para saber quais os próximos passos, mas não conseguiu contato.

Nos siga no Google Notícias