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Política

Delcídio já decidiu que irá fazer acordo de delação premiada, diz Folha

Michel Faustino | 08/12/2015 19:03
Segundo a Folha, Delcídio já teria decidido pelo acordo de delação premiada. (Foto: Sthepanie Romcy/Arquivo)
Segundo a Folha, Delcídio já teria decidido pelo acordo de delação premiada. (Foto: Sthepanie Romcy/Arquivo)

O senador Delcídio do Amaral (PT) decidiu fazer um acordo de delação premiada após se sentir abandonado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ele contratou o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, que cuidou da delação de diversos acordos semelhantes na Operação Lava Jato, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro, sob acusação de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras.

O advogado do senador, Mauricio Silva Leite, confirmou a contratação de Figueiredo Basto por meio de sua assessoria de imprensa, mas não confirmou a decisão sobre a delação. Basto cuidou, por exemplo, da delação premiada do doleiro Alberto Yousseff.

A informações é de que ele atuará em conjunto com o advogado Adriano Breta que conduziu vários acordos de delação premiada na Lava Jato. Entre os clientes dos dois advogados estão o dono da UTC Ricardo Pessoa e o lobista Júlio Camargo.

À Folha, uma fonte , que não foi identificada, ligada ao advogado, garantiu que Delcídio está sendo pressionado pela família para entregar o que sabe e salvar a própria pele. A pressão vem da mãe, da mulher e das filhas. Maika, sua esposa.

Já a assessoria de imprensa de Delcidio nega que ele esteja pensando em delação premiada. Segundo a assessoria, ele apenas contrato o advogado para atuar em conjunto com o Maurício.

Nesta segunda-feira (07), A PGR (Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra Delcídio e André Esteves, ex-controlador do banco BTG Pactual, pelo crime de impedir e embaraçar a investigação penal.

Pelos mesmos crimes, a procuradoria também denunciou o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, e o ex-advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Ceveró, que responderá ainda pelo crime de patrocínio infiel. Todos estão presos por determinação do Supremo.

Caberá a Segunda Turma da Corte analisar a abertura de ação penal contra os acusados. O julgamento deverá ocorrer em 2016, devido ao período de recesso do Judiciário. As penas para os crimes citados variam de três e oito anos de prisão.

Delcídio e seu chefe de gabinete estão presos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ribeiro e Esteves estão em um presídio no Rio de Janeiro.

A PGR usou depoimentos da delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e do filho dele, Bernardo Cerveró, para embasar a denúncia contra os acusados.

A procuradoria sustenta que Delcídio tentou dissuadir Nestor Cerveró de aceitar o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), ou que, se isso acontecesse, que evitasse delatar o senador e também André Esteves.

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