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Política

Depois de juízes, vereadores também ameaçam ir a Justiça contra Bernal

Kleber Clajus | 22/05/2014 14:40

Os vereadores Elizeu Dionizio (SD) e Chiquinho Telles (PSD) também podem ir à Justiça para cobrar responsabilização do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), que em vídeo acusa os vereadores de “cooptação para golpe político”. Na terça-feira (20), a Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul) apresentou interpelação criminal no Fórum de Campo Grande para cobrar explicações sobre reunião em que Bernal acusa magistrados de "corruptos e marginais".

“Ele coloca em xeque todo o Poder Judiciário e Legislativo. Já fiz solicitação para ter acesso ao vídeo integral em que chama magistrados de corruptos. A Câmara também precisa tomar providências quanto a essa pessoa que se acha acima da lei. Ele sempre usou a votação na urna como condição de legalidade para atos irresponsáveis que vem fazendo”, comenta Dionizio.

O vereador do Solidariedade já confirmou que pretende ingressar com ação por danos morais, calúnia e difamação contra Bernal.

Por sua vez, Chiquinho Telles considerou estranho a Câmara Municipal não convocar o ex-gestor para se explicar como fez com sua assessora de imprensa, Marcia Scherer, em dezembro do ano passado.

“Não teve golpe e o Bernal precisa começar a respeitar o Legislativo, pois é cidadão comum. Os magistrados tomaram posicionamento e encaminhamos a mesa diretora para que se posicione porque está sendo atacada”, ressalta Telles.

Resposta do Judiciário - A interpelação criminal proposta pela Amamsul foi encaminhada para a 2ª Vara Criminal da Capital. Assim que receber a notificação, Alcides Bernal terá cinco dias para confirmar as declarações feitas no vídeo ou se defender afirmando que são falsas.

O vídeo foi gravado em reunião com seus partidários, e nele o ex-prefeito, que voltou à prefeitura de Campo Grande por oito horas na quinta-feira (15), mas foi novamente afastado por decisão do desembargador Vladimir Abreu, do TJMS (Tribunal de Justiça do Estado), se diz “vítima dessa ação que desabona o Poder Judiciário”, se referindo à sua cassação feita pelos vereadores no dia 12 de março.

“É uma pena dizer isso, mas existem homens que não honram o juramento feito quando assumiram autoridade de juiz ou de desembargador. São homens que preferem atender interesses. São homens que preferem atender interesses reprováveis, nojentos e estabelecer uma injustiça. Nós buscamos a justiça à luz do dia, eles buscam a solução na calada da noite. Isso tem vitimado a democracia na capital sul-mato-grossense”, declarou ele na gravação.

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