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Política

Deputado de MS usa verba pública para ver amigo na cadeia e promete devolver

Carlos Marun gastou R$ 1.242,62 em passagem e hospedagem para visitar Eduardo Cunha na prisão em complexo penal no Paraná

Alberto Dias | 31/01/2017 15:20
Carlos Marun admite erro e devolve valor gasto com passagem e hospedagem. Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Carlos Marun admite erro e devolve valor gasto com passagem e hospedagem. Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) declarou nesta terça-feira (31) que está devolvendo aos cofres públicos R$ 1.242,62, referentes a gastos com passagem e hospedagem para visitar o colega peemedebista e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A iniciativa do parlamentar deu-se após reportagem do jornal O Globo apontando que teria utilizado verbas indenizatórias para custear a visita, realizada no fim de 2016.

Ao Campo Grande News, Marun admitiu os gastos e confirmou o ressarcimento ao erário federal. "Como não é uma coisa ilegal, o gabinete entendeu que caberia e pediu o ressarcimento", explicou à reportagem. Questionado sobre as novas fases da Operação Lava Jato, que prendeu Eduardo Cunha, e que nesta semana deteve o bilionário Eike Batista, o deputado Carlos Marun prefere ser suscinto: "Que toquem em frente".

Sobre os gastos com dinheiro público, a justicativa oficial chegou por escrito: "(...) Tendo sido alertado pelo jornal O GLOBO a respeito do assunto, decidi assumir em caráter particular as despesas da mesma (...)". Conforme a nota, serão devolvidos R$ 1.088,27 referentes à passagens para Curitiba (PR), onde Cunha está preso, e R$ 154,35 em hospedagem.

Para Marun, a devolutiva encerra o assunto. "Considero que isto demonstra a absoluta transparência da Câmara Federal no trato das despesas do exercício dos mandatos parlamentares". Em tom humorado, o deputado disse que na próxima viagem "avisará a imprensa", porém ressaltou novamente que se tratava de uma visita de cunho particular, feita no Complexo Médico Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, em 30 de dezembro.

Cunha foi preso preventivamente em 19 de outubro, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato na primeira instância. Nos dois primeiros meses, ele ficou detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, de onde foi transferido para a penitenciária de Pinhais, em 19 de dezembro, onde estão outros políticos envolvidos na Lava Jato, como o ex-ministro José Dirceu.

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