Deputados admitem que cassação de vereadores prejudica partidos
Os deputados que fazem parte dos partidos dos vereadores Paulo Pedra (PDT), Delei Pinheiro (PSD) e Thais Helena (PT) admitiram que a cassação dos parlamentares prejudicam as legendas, principalmente neste momento, nas vésperas da eleição municipal, em 2016. Eles esperam que os correligionários possam recorrer e reverter esta decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os petistas disseram que a vereadora Thais Helena contribuiu muito com o debate na Câmara Municipal, e seria um nome forte da legenda para as eleições de 2016. "Com certeza a ausência da Thais (Helena) vai enfraquecer nossa chapa, é uma excelente vereadora, sempre representou muito bem o partido, irá fazer falta, a decisão nos prejudica", disse Pedro Kemp (PT).
Mesma posição de João Grandão (PT) que ponderou que a vereadora estava construindo uma boa carreira política não apenas em Campo Grande, mas em todo Estado. "Não apenas como política, mas também como cidadã, será muito ruim para o PT, mas tenho convicção que ela vai recorrer e ainda sair vitoriosa neste processo".
O deputado Felipe Orro (PDT) também comentou a cassação de Paulo Pedra, único vereador eleito do partido em Campo Grande. "Ficamos muito chateados com esta decisão, o vereador sempre foi muito partidário e contribui e ajuda bastante o PDT, com certeza somos prejudicados, diminui nossa representação na Câmara".
George Takimoto (PDT) lembrou que uma eleição sempre uma luta e Pedra representava o partido no âmbito municipal, em Campo Grande. "Prejudica o PDT, era o nosso único vereador, mas não podemos contestar a decisão do TSE, é muito difícil reverter a sentença, até porque já teve uma tomada a nível estadual, nós perdemos muito, pois contávamos com ele".
O TSE cassou ontem (17) o mandato dos vereadores, pela denúncia de compra de votos, de forma unânime, seguindo assim o parecer do relator do processo, o ministro Edmar Gonzaga, que rejeitou o recurso especial eleitoral apresentada pelos parlamentares. O presidente da Câmara, o vereador Flávio César (PT do B), diz que só tomará as providências necessárias quando for notificado das decisões.