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Política

Deputados aprovam exame obrigatório de trombofilia pela rede pública

Intenção é tentar a prevenção da doença para evitar casos graves

Leonardo Rocha | 13/09/2017 13:11
Márcio Fernandes foi o autor do projeto, aprovado  na Assembleia (Foto: Leonardo Rocha)
Márcio Fernandes foi o autor do projeto, aprovado na Assembleia (Foto: Leonardo Rocha)

Os deputados aprovaram, em primeira votação, o projeto que obriga a realização de exames para detectar a trombofilia, pela rede pública de saúde. As unidades conveniadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) deverão disponibilizar esta prevenção de forma gratuita, quando houver solicitação médica.

"Quando for solicitado o exame por um médico, deve ser feito de forma gratuita na rede pública, até para avaliar se o paciente já mostrou pré-disposição para ter a doença, antes não era solicitado pelo SUS, trazendo muitos problemas de saúde para esta pessoa", disse o deputado Márcio Fernandes (PMDB), autor da proposta.

Fernandes diz que a prevenção é necessária nestes casos. "É uma doença que está atingindo as mulheres independente da idade e este projeto buscar disponibilizar o exame como uma medida preventiva, até para evitar eventuais mortes no futuro".

Para o parlamentar este disgnóstico precoce significa "custo menor para o governo", com tratamento na fase inicial da doença. Ainda conforme o projeto, a prescrição de anticoncepcionais femininos também deveriam ser precedidas da realização deste exame, levando em consideração o histórico familiar da doença.

A trombofilia é uma doença relacionada ao entupimento de artérias que bloqueiam a passagem do sangue, formando coágulos em uma ou mais veias, localizadas da parte inferior do corpo, geralmente nas pernas, podendo afetar órgãos vitais como coração e pulmão.

Casos - Tatiana Ribeiro, de 40 anos, foi vítima da doença, e perdeu seu filho há sete meses atrás, em função da trombofilia. Ela se descobriu esta situação, quando era tarde demais. "Estava com oito meses de gestação e senti uma dor muito forte, depois segui ao hospital, teve que realizar o parto prematuro, mas meu filho não sobreviveu".

Ela só descobriu que o motivo foi a "trombofilia" depois da morte do seu bebê. "Se tivesse feito o exame no começo da gravidez poderia ter evitado esta situação, por isso é necessário esta conscientização e uma pesquisa sobre eventuais sintomas nas mulheres, para descobrir a tempo de evitar o pior".

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