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Política

Deputados articulam audiência sobre mortes de indígenas em MS

Evento deve ser realizado no segundo semestre no legislativo

Leonardo Rocha | 18/07/2017 12:52
Deputado Maurício Picarelli (PSDB) foi quem sugeriu a realização de audiência no 2° semestre (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputado Maurício Picarelli (PSDB) foi quem sugeriu a realização de audiência no 2° semestre (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Os deputados articulam a realização de audiência pública, no segundo semestre, para discutir mortes de indígenas em Mato Grosso do Sul, ocasionadas por suicídios. A intenção é debater com autoridades e comunidade (indígenas) como este cenário se apresenta, principalmente em cidades como Miranda, Aquidauana e Dourados.

“Uma adolescente de 15 anos tirou a vida na aldeia Limão Verde, em Aquidauana. É o primeiro suicídio entre o povo Terena. O que nos preocupa é o efeito de reprodução ou imitação do ato por outros jovens”, ressaltou o deputado Maurício Picarelli (PSDB), que inclusive propôs a realização do evento no legislativo.

Ele também citou uma pesquisa realizada pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que aponta o registro de 753 suicídios de índios no Estado, do ano 2000 até 2015. " Proponho que a Comissão Permanente de Desenvolvimento Agrário, Assuntos Indígenas e Quilombolas faça uma visita nas aldeias para descobrir os reais motivos das mortes".

Mato Grosso do Sul abriga a segunda maior população indígena do Brasil. O parlamentar ainda lembrou que segundo dados da Funasa ( Fundação Nacional de Saúde), os índios da etnia Terena estão espalhando em sete municípios do Estado, tendo concentração maior em Miranda e Aquidauana.

O deputado João Grandão (PT) ponderou que entre os fatores que levam o suicídio na comunidade indígena, está o quadro de miséria, confinamento em espaços cada vezes menores, além da própria depressão. "Enfrentam desemprego, pobreza, fome e a falta perspectiva", salientou o petista.

CPI - O parlamentar inclusive presidiu a CPI do Genocídio Indígena, que foi realizada no ano passado, que apurou os casos de violência contra estas comunidades, do ano 2000 até 2015. O relatório final foi que não existia provas ou base jurídica para mostrar que houve "omissão do Estado", nestes crimes.

Grandão apresentou um relatório "alternativo", que diferente dos colegas, apontava que houve sim omissão das autoridades na elucidação e prevenção contra estes crimes, em Mato Grosso do Sul, mas foi voto vencido.

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