ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 22º

Política

Deputados também contestam saída do Juizado especial das Moreninhas

Leonardo Rocha | 14/02/2014 11:08
Marquinhos diz que juizados foram criados para atender a população mais distante e mudança será prejudicial (Foto: Divulgação)
Marquinhos diz que juizados foram criados para atender a população mais distante e mudança será prejudicial (Foto: Divulgação)
Cabo Almi ressalta que esta mudança irá beneficiar apenas o Tribunal e não a população mais carente (Foto: Divulgação)
Cabo Almi ressalta que esta mudança irá beneficiar apenas o Tribunal e não a população mais carente (Foto: Divulgação)

Após manifestação de moradores e vereadores da região das Moreninhas, os deputados estaduais também contestaram o fechamento do Juizado Especial que funcionava no bairro, que será transferido para área onde funcionava o Shopping 26 de Agosto, que após desapropriação, irá sediar juizados do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

O deputado Marquinhos Trad (PMDB) afirmou que a população local será prejudicada, pois dificultará a ida até a área central da cidade, quando antes o juizado ficava perto de sua casa. “O cidadão de baixo poder aquisitivo que sequer tem passe de ônibus, deixará de buscar a justiça por ser impedido de chegar até ela”.

Na Capital existem três juizados especiais, além do das Moreninhas, possui um na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e outro na Rua Joaquim Murtinho. “Os juizados especiais foram criados para que o judiciário se aproxime da população e não o contrário”, disse Marquinhos.

Segundo ele, o tribunal das Moreninhas funciona a 15 anos no local, possui três mil processos em andamento e 50 pessoas são atendidas por dia, atingindo uma população de 140 mil pessoas.

Para o deputado Cabo Almi (PT) esta mudança irá trazer apenas “comodidade” para o Tribunal de Justiça, já que vai prejudicar a população mais carente da região. “Causará desconforto para uma grande parcela da população. Muitos, certamente, deixarão de buscar seus direitos”.

Marquinhos espera marcar uma audiência com o presidente do TJ-MS, o desembargador Joenildo de Souza Chaves, para tentar “retroceder” esta decisão.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) também já requisitou uma reunião com Joenildo e com a juíza titular do local, Elisabeth Rosa Baisch.

O Tribunal se justifica dizendo que o antigo shopping 26 de Agosto tem “excelente” localização e irá proporcionar fácil acesso aos cidadãos que necessitem usar o serviço.

Desapropriação - O governador André Puccinelli (PMDB) desapropriou, por meio de decreto, o prédio do Shopping 26 de Agosto, após fracasso do centro comercial que estava no local.

Com investimento de R$ 25 milhões, o shopping abriu as portas em setembro de 2011, apostando na linha popular, com produtos importados da China.

Para os comerciantes, a linha popular, com produtos importados da China, espalhados em estandes não caiu no gosto dos campo-grandenses. Aliado a isso, eles creditam o fracasso ao abandono do espaço.

O Tribunal de Justiça pagou R$ 38 milhões pela área do térreo, com 4.465 metros quadrados, além do subsolo, utilizado como estacionamento, e a uma laje, que poderia servir no futuro para possíveis novos pavimentos, chegando a uma área total de 13.272,77 m2.

Nos siga no Google Notícias