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Política

Em audiência sobre piso unificado, PM pede mobilização

Redação | 26/10/2009 17:19

A opinião é partilhada quando o assunto é a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) nº300/2008, que equipara os salários de todos os policiais militares e bombeiros no País e cria um piso nacional para a categoria. Parlamentares e servidores diretamente envolvidos consideram a proposta que tramita na Câmara Federal como fundamental para a segurança pública hoje no País.

A PEC pode alterar a redação do parágrafo 9ª do artigo 144 da Constituição Federal, equiparando os salários dos policiais militares, bombeiros e dos inativos à remuneração da corporação do Distrito Federal. De autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), a proposta entrou em debate no Brasil e hoje foi tema de audiência pública na Assembléia Legislativa.

Com o tema "Quem te protege merece salário digno", a audiência em Mato grosso do Sul reuniu associações de praças, soldados e oficiais, além de parlamentares sul-mato-grossenses e o relator da proposta, deputado federal Fábio Rodrigues de Oliveira (PB) e o deputado Lucílio Assunção (ES), que tem acompanhado as discussões nos estados.

Antes mesmo da conversa começar, no fim da manhã os policiais militares discutiram a questão na sede do comando da PM, em Campo Grande.

Há seis anos como soldado da PM, Fausto Cândido de Oliveira, de 30 anos, diz que só depois de ler sobre o assunto acreditou na possibilidade de unificação. "Muitas promessas que não são cumpridas, mas agora vejo que é possível".

Depois, no plenário lotado da assembléia, o comandante geral Carlos Alberto David dos Santos falou em nome da tropa, e pediu que o assunto gere um mobilização nacional. "Lá no Congresso o que faz a diferença é a cobrança e a mobilização", avalia.

Para o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM no Estado, José Florêncio de Melo Irmão, a luta não deve ser apenas da Pm, mas de todas as entidades que conhecem os problemas enfrentados pela Polícia brasileira.

"Não tem como não perceber que esse é o tipo de assunto que reflete no cotidiano de todos e pode melhorar a qualidade de vida, independente da região".

Presente à audiência, o juiz federal Odilon de Oliveira defendeu a proposta. Na opinião dele, "é importante também a participação da sociedade na luta por essa conquista para que todos possam abrir os olhos para a importância de uma polícia com estrutura. O salário tem que ser nivelado por cima, e não por baixo", argumenta.

A idéia é corrigir distorções e valorizar o trabalho de PMs e bombeiros. Em São Paulo, por exemplo, um soldado da PM em início de carreira recebe pouco mais de R$ 2 mil. Já em MS, o salário é de pouco mais de R$ 1 mil. No Distrito Federal um policial recém-formado possui renda superior a R$ 4 mil.

Bombeiro há 11 anos, o sargento José Roberto Brito, de 35 anos, aposta na idéia para melhorar a qualidade de vida da família. "Tem como dar uma educação melhor para os filhos", defende.

Segundo o deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT), que propôs a audiência junto com o deputado estadual Coronel Ivan (PRTB), a bancada sul-mato-grossense já fechou posição sobre a PEC e votará pela aprovação. "Não há mais discussão. Existe um compromisso porque a bancada entende que o bem será comum quando a segurança pública for fortalecida."

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