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Política

Em chapa com negra e LGBT, Psol quer mais do que “camburão e arma”

Aline dos Santos | 05/09/2016 10:53
Rosana é candidata do Psol e participou hoje de entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Alcides Neto)
Rosana é candidata do Psol e participou hoje de entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Alcides Neto)

Candidata a prefeita de Campo Grande e estreando na disputa eleitoral, Rosana Santos (Psol) relata que é preciso vencer a mágoa do eleitor e promete, após 20 anos de militância em direitos humanos, segurança que fuja à tríade “polícia, camburão e arma”.

Conforme Rosana, a campanha do Psol é feita com as pernas da militância e divulgação nas redes sociais. “Quando a gente anda nos bairros percebe o resultado de uma descrença na política. Devido a todos os escândalos, todas as promessas de todas as gestões que passaram em Campo Grande. As pessoas estão indignadas, a fala muito magoada com qualquer um que vá se apresentar como candidato”, afirma Rosana.

Saúde – Para o tema que tem grande atenção do eleitorado, a candidata afirma que a saúde não será tratada como mercadoria. As propostas incluem concurso público, ampliação do núcleo de assistência à família e de equipes na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

De acordo com Rosana, 85% do investimento que vem para saúde é colocado no sistema privado, por meio de convênios com empresas e laboratórios. “A proposta é a não privatização do Sistema Único de Saúde”, diz.

Segurança – “Segurança para o Psol não é só polícia, camburão e arma. É junto com todas as politicas interligadas”, afirma a candidata. Para ela, o tema está atrelado ao desenvolvimento da localidade, incluindo cultura, educação, saúde e infraestrutura. Ela exemplifica com o bairro Nova Lima, na saída para Cuiabá, que não tem esgoto e asfalto só nas linhas de ônibus.

Educação – As propostas para educação são formadas por pagamento do piso salarial aos professores e universalização da escola em tempo integral. A candidata é contra projeto de escola sem partido, que veta temas como política no ambiente escolar.

Quanto à relação com a Câmara Municipal, Rosana afirma que, caso eleita, será de diálogo. “É sentar, conversar e colocar que as pautas não são de interesses particulares de partidos, mas de interesse da população. Os vereadores também devem ser questionados sobre os reais interesses deles pela população”, salienta.


Perfil - Rosana tem 39 anos e há 20 milita em políticas públicas, com passagem pelo movimento negro, diretos das mulheres, crianças e adolescentes e direitos humanos. Ela é terapeuta ocupacional, especialista em saúde pública e universitária.

“Quando a gente está na ponta é tão diferente. Sabe o que é ter falta de investimento na assistência social, nas políticas de cultura. Entender na voz de um jovem de periferia que a polícia para ele só porque tem cara de pobre, comportamento de pobre e ele já é marginalizado por esse rótulo”, afirma.

Ela participou da entrevista em companhia do candidato a vice Henrique Nascimento, 24 anos. “O perfil nosso vem com essa proposta de fazer com que sejam pessoas que tenham representatividade dento dessa sociedade. A escolha de ser uma mulher negra e um jovem LGBT [ Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros] foi pensada porque essa é a proposta do Psol”, afirma Rosana.

O Campo Grande News promove rodada de entrevistas com os postulantes ao cargo de chefe do Paço Municipal.

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