Em defesa da Lava Jato, manifestantes fazem caminhada no Centro
Cerca de 350 pessoas foram do Obelisco até o Ministério Público Federal
Em defesa da Operação Lava Jato e do direito ao porte de armas, dezenas de pessoas foram à Avenida Afonso Pena, na manhã deste domingo (26), caminhar para mobilizar a população contra a corrupção e o foro privilegiado, além de incentivar a participação popular nos “rumos do País”.
O movimento contou com a participação de 350 manifestantes, de acordo com a Guarda Municipal e organizadores, e foi encabeçado pelos grupos Chega de Impostos, Pátria Livre, Nas Ruas, Fora Corruptos, Instituto Iniciativa e Direita MS.
Uma das coordenadoras da ação, a advogada Miriam Gimenez diz que o objetivo da manifestação é estimular a participação da população nos rumos do País. “Queremos participar com nossa opinião, a população brasileira decidiu que foi contrária ao desarmamento e o governo fez vista grossa”, alega.
Os grupos defendem Projeto de Lei que revoga o estatuto do desarmamento e regulamenta a aquisição, posse, circulação e o porte de armas no Brasil, sob a justificativa: “a população precisa se defender”.
O movimento de hoje visa reivindicar também a continuidade da Operação Lava Jato, que, segundo Miriam, “colocou na vitrine várias falcatruas que a gente já sabia que existia”.
“Hoje existe uma ilegitimidade no Congresso Nacional. Sinto que estamos fazendo uma gradual conscientização do povo. As pessoas estão mais atentas, se interessando mais de política e se inteirando mais da situação social e econômica do País”, ressalta o empresário Djalma Kerpe, 58 anos.

Aos 78 anos, a pensionista Terezinha Cunha Garcia, faz coro ao movimento e destaca a importância da participação dos idosos nestas manifestações. “Estou participando porque nunca presenciei em minha vida tanto absurdo de desrespeito político e corrupção que não acaba nunca”.
“Acho muito importante a presença de idosos para estimular os jovens. Que têm pouca educação moral e cívica. Faço questão de votar até hoje”, prossegue Terezinha. Havia presença jovem no movimento, como a designer de interiores Raiza Escobar Mariank, de 23 anos, que estava com uma camisa ilustrada com foto do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Raiza se diz a favor do projeto Escola Sem Partido e do armamento da população civil brasileira. “Após o estatuto do desarmamento, aumentaram os números de homicídios”, justifica.