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Política

Envolvido em escândalo, ex-deputado é destituído da presidência do PR

Michel Faustino | 11/11/2015 17:09
Giroto foi destituído do comando do PR no Estado por decisão da executiva nacional da sigla. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Giroto foi destituído do comando do PR no Estado por decisão da executiva nacional da sigla. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O ex-deputado federal Edson Giroto, acusado de envolvimento em esquema que causou prejuízo de R$ 2.962.136,00 aos cofres públicos, em razão do pagamento de obras não executadas em estradas estaduais, foi destituído da presidência regional do PR (Partido da República), por decisão da executiva nacional do partido. Giroto chegou a ser preso na manhã de ontem (10) juntamente com outras oito pessoas durante a Operação Lama Asfáltica, mas foi solto durante a madrugada desta quarta-feira (11), após pedido de habeas corpus

De acordo com informação da assessoria de imprensa da executiva nacional do PR, a decisão foi tomada na manhã de hoje em reunião convocada pelo deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), presidente nacional do partido. Ficou definido que o ex-deputado Londres Machado irá comandar o partido em Mato Grosso do Sul.

O ex-deputado, que chegou a ser cotato pelo partido para as eleições a prefeito de Campo Grande em 2016, foi alvo da Operação Lama Asfáltica, desenvolvida pela PF, Ministério Público Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União. Os órgãos investigaram três contratos com o poder público, que somam R$ 45 milhões e deram prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos.

A mansão de Giroto no Residencial Dahma, avaliada em aproximadamente R$ 7 milhões, foi um dos alvos da operação. O delegado da PF, Antônio Carlos Knoll, contou que os policiais foram obrigados a acionar um chaveiro para entrar na residência do ex-deputado.

Giroto foi secretário municipal de Obras nos dois mandatos de André Puccinelli em Campo Grande. Ele também ficou no comando da pasta por dois anos na gestão de Nelsinho Trad. Também foi secretário estadual de Obras e deputado federal pelo PR. Em 2012, foi candidato a prefeito de Campo Grande pelo PMDB e perdeu no segundo turno para Alcides Bernal (PP). Em julho deste ano ele pediu afastamento do cargo de assessor especial do Ministério dos Transportes justificando que iria tratar de assuntos “particulares”.

Prisões - As prisões são decorrentes da investigação conduzida pela força tarefa da Operação Lama Asfáltica, do MPE (Ministério Público Estadual) que faz devassa nos contratos de obras do Governo estadual. A operação de hoje ocorre em decorrência de uma irregularidade constatada no revestimento primário na MS-228, numa extensão de 42 quilômetros.

Foram presos o ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, o empresário João Amorim, a sócio dele na Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, os engenheiros Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano.

Habeas corpus - O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) foi solto durante a madrugada desta quarta-feira (11), após pedido de habeas corpus. A ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, também teve o pedido de soltura aprovado pela Justiça.

Depoimentos – Na tarde desta quarta-feira (11) estão sendo ouvidos pelo MPE, a secretária e sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, e o diretor da empresa, Rômulo Tadeu Menossi.
Ontem, os promotores ouviram os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Tiago de Souza, que são chefes das unidades regionais da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

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