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Política

Falso testemunho faz ex-secretário ficar 15 horas preso

Redação | 28/01/2009 08:31

O ex-secretário de Turismo e Meio Ambiente de Porto Murtinho, Deodival Joyci Quil, foi preso ontem após prestar depoimento em processo que investiga crime eleitoral em 2008.

Segundo o prefeito reeleito, Nelson Cintra (PSDB), que está em Brasília, o caso foi mal interpretado. "Didi foi preso por que devia pensão alimentícia", garante Cintra. "Ele nunca foi meu coordenador de campanha, era um colaborador e saiu da secretaria com a reforma adminsitrativa", diz.

Segundo a Polícia, o motivo foi outro. O juiz eleitoral, Giuliano Máximo Martins, determinou a prisão por falso testemunho. Deodival foi um dos coordenadores da campanha de Cintra. A coligação opositora, com o petista Heitor Miranda candidato, acusou o concorrente de transporte ilegal de eleitores.

O prefeito teria fretado ônibus para transportar eleitores de Campo Grande a Porto Murtinho. Cheques assinados pelo ex-secretário foram anexados como prova, mas durante o depoimento dele ontem, Deodival se negou a responder perguntas feitas pelo juiz e acabou preso.

O delegado Manuel Barcelos informa que o ex-secretário continua na cadeia, quinze horas após ser detido na tarde de ontem. "Cumprimos a decisão da Justiça Eleitoral às 18h30", detalha. Segundo Cintra, "ele já vai ser liberado".

Dias antes da diplomação de Cintra em 2009, advogados de Heitor Miranda tentaram impedir a oficialização do tucano no cargo, mas o prefeito foi empossado.

A prisão do ex-secretário é mais uma capítulo em um processo eleitoral tumultuado. Cintra venceu Heitor por apenas 12 votos, e desde então é travada uma briga judicial entre os dois.

O prefeito chegou a ter cassado o registro de sua candidatura pelo juiz substituto Caio Márcio de Brito, que levou em conta as provas apresentadas pela coligação de Heitor no processo de transporte de eleitores.

No entanto, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) entendeu que não cabia concessão de tutela antecipada em processo eleitoral e ainda argumentou que ao prefeito não havia sido dada a oportunidade ao amplo direito de defesa por Brito.

O tribunal acolheu recurso do tucano e restaurou a ele seu direito à posse.

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