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Política

Fetems pede para André desistir de ação no STF

Redação | 20/11/2008 19:11

Encerrada há pouco audiência ocorrida na governadoria, no Parque dos Poderes, que reuniu membros da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) e a equipe do governador André Puccinelli (PMDB).

Os educadores solicitaram o encontro na tentativa de convencer o governador a desistir da Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra o piso salarial nacional da categoria, de R$ 950,00. A discussão deveria ser rápida, de no máximo 1 hora, mas durou das 17h às 19h30, de portas fechadas.

Puccinelli e os governadores do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará acionaram o STF (Supremo Tribunal Federal) contra a implantação do sistema, que no entender dos administradores, pode gerar mais despesas aos Estados.

Nesta quinta-feira, o grupo da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), composto por sete professores, apresentou à equipe do governo - formada pelo procurador-geral do Estado, Rafel Coldibelli; as secretarias estaduais de Educação e Administração, Nilene Badeca e Thiê Higuchi, respectivamente, além do governador, uma planilha contendo projeção de quanto a aprovação do piso salarial dos professores iria impactar na folha de pagamento dos servidores da educação.

O governador pediu ao procurador que analise a planilha e outra reunião foi marcada para o dia 28 deste mês, para novamente colocar na mesa os prós e contras da proposta.

De acordo com o documento apresentado pela Fetems, a folha passaria de R$ 40 milhões para R$ 45 milhões, apenas com professores da categoria magistério, sem contar os especialistas. Também seria necessária a contratação de cerca de 1.900 novos professores, número já cogitado pelo próprio governo.

A divergência está justamente nesse pontos. A necessidade de novas contratações é consequência de ponto do projeto que prevê que o professor dedique um terço da carga horária de trabalho em atividades fora da sala de aula, como planejamento e correção de provas, o que seria "vadiagem", na avaliação do governador. "Sou cirurgião e não preciso de 14 horas para planejar uma cirurgia", compara dizendo que atualmente  os professores tem o "google" para pesquisar e planejar mais rapidamente.

Atualmente, o tempo dedicado a atividades fora de sala é de 20%.

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