Governo exonera chefias do PT, um mês após anúncio de desembarque da base
Riedel se encontrou com os indicados para selar o desligamento antes de publicar demissões no Diário Oficial

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), exonerou os primeiros petistas que ocupavam cargo no Executivo. A saída de cinco chefias, entre subsecretários, secretário-executivo e diretor, foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (12), mais de um mês depois do anúncio do desembarque do PT da base de Riedel.
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), exonerou cinco chefias petistas do Executivo estadual, incluindo subsecretários e diretores. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado, um mês após o PT anunciar seu desembarque da base governista. A ruptura entre o governo e o PT ocorreu após Riedel criticar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-a como "excesso judicial". O governador já havia demonstrado alinhamento à direita anteriormente, defendendo anistia parcial para réus dos atos de 8 de janeiro.
Entre os exonerados estão o subsecretário da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+, Vagner Campos da Silva; a subsecretária da Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, Vania Lucia Baptista Duarte; e a subsecretária da Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoas Idosas, Zirleide Silva Barbosa.
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Também foram exonerados o secretário-executivo da Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais, Humberto de Mello Pereira e o diretor-executivo da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Marcos Roberto Carvalho de Melo.
A saída do PT da base do Governo do Estado se consolidou após a declaração de Riedel criticando a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agosto deste ano. Nas redes sociais, o governador classificou a medida como “excesso judicial” e alertou para riscos de aumento da instabilidade política no país.
Riedel já vinha dando sinais da sua guinada à direita desde o início do ano. Em maio, usou as redes sociais para defender a anistia parcial para os réus dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, com a adoção de critérios que levem em conta a gravidade de cada caso.
O anúncio do desembarque foi oficializado durante a missão internacional de Riedel para a Ásia. A bancada do PT aguardou o retorno de Riedel, mas a reunião só aconteceu no dia 26 de agosto na Governadoria. No encontro, o PT entregou todos os cargos que tinha no Executivo.
Não há um balanço com o número de indicações do PT. Segundo as lideranças, os petistas ocupavam de 15 a 25 cargos. A Diretória ainda anunciou que os servidores que permanecerem na administração estadual será afastada do partido.
Antes de publicar a exoneração, Riedel se encontrou com os indicados para selar a saída. O governador ponderou que são cargos de lideranças e por isso as mudanças são gradativas. "As áreas não podem parar, as pessoas adequadas vão entrar e eles vão saindo", disse.
Trocas - Na mesma edição, o Governo do Estado já nomeou os substitutos para os cargos. A Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+ será comandada por Mikaella Lima Lopes; a da Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial terá Deividson de Deus Silva como titular, já a Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoas Idosas ficará com Larissa Diniz Paraguassu.
A Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais terá Karça Bethania Ledesma de Nadai como titular. Apenas a diretoria da Agraer não teve nomeação.
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