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Política

Governo quer evitar aumento de 7,7% para aposentados

Redação | 10/05/2010 16:55

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou hoje (10) que acredita que o Senado irá reverter o índice de 7,7% de reajuste para os aposentados aprovado pela Câmara dos Deputados. Pela proposta do governo o reajuste seria de 6,14%, mas os deputados aprovaram um percentual maior.

"Vamos discutir com os senadores, com os líderes do governo, inclusive com os senadores da oposição, e acreditamos que o Senado vai reverter o que foi aprovado na Câmara, embora esse tema ainda não esteja na pauta de votações do Senado", disse em entrevista a jornalistas logo após reunião de coordenação política, comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Padilha, na reunião Lula reafirmou que não irá permitir que o clima eleitoral contamine as discussões no Congresso Nacional em torno do reajuste dos aposentados. "O presidente reafirmou sua posição, junto com os demais ministros, de que o governo não vai permitir que qualquer clima eleitoral contamine a tranquilidade das contas públicas e o esforço pela responsabilidade fiscal desse governo".

O impacto do fim do fator previdenciário, também votado pela Câmara, é outro item que preocupa o governo que vai tentar revertê-lo no Senado, segundo o ministro. "O fator previdenciário tem um impacto ainda maior do que o reajuste. O impacto é de cerca de R$ 4 bilhões anuais, essa é a avaliação que o Ministério da Previdência faz".

A manutenção da mobilização da base aliada no Senado para iniciar a votação dos projetos do pré-sal nesta semana foi outro tema discutido na coordenação política. "A base esteve bastante presente na semana passada e acreditamos que vamos retomar nessa semana essa forte mobilização".

Padilha negou que o caso do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, suspeito de envolvimento com um integrante da máfia chinesa no Brasil, tenha sido tratado na reunião. Na avaliação do ministro é preciso esperar que as investigações sejam feitas para que se tome qualquer atitude.

Perguntado se o caso não enfraquece o governo, ele respondeu que não e que mostra que as instituições estão funcionando. "Só fortalece o governo o fato de as instituições estarem funcionando e também o direito das pessoas se defenderem e serem respeitadas".

Participaram da reunião de coordenação política, além de Lula e de Padilha, o vice-presidente, José Alencar, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Erenice Guerra, da Defesa, Nelson Jobim e da Secretataria-geral da Presidência, Luiz Dulci.

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