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Política

Jornalista se defende e diz ter uma empresa e não ser funcionário de Vander

Eder Florencio Yanaguita era funcionário do deputado até o início de 2016; em abril criou empresa pela qual passou a atender o parlamentar

Tatiana Marin | 20/04/2019 16:34

O jornalista Eder Florencio Yanaguita, apontado em publicação do Estadão estar recebendo via verba de gabinete o valor de R$ 15,7 mil por serviços de assessoria de imprensa, falou com o Campo Grande News na tarde deste sábado (20) e rebateu as informações da reportagem.

“O repórter está me tratando como se eu fosse funcionário do deputado. Mas eu formalizei uma empresa de serviços de comunicação pela qual atendendo o Vander, como empresa”, explicou Yanaguita. O jornalista sustentou que além dos serviços de assessoria de imprensa que compreendem a redação de matérias, conteúdo para imprensa, atendimento a jornalistas, ele também realiza a gestão de mídias sociais, filmagem, fotografia, vídeos, produção de informativos, materiais publicitários e toda a intermediação do deputado com veículos, não somente relacionada a questões jornalísticas, mas também de divulgação.

“Antes, carga horária que eu trabalhava para o Vander era menor, hoje não tenho mais horário. Atendo, a maior parte do tempo, pelo meu escritório em Campo grande. Se eu fosse funcionário, deveria estar trabalhando no gabinete em Brasília ou no escritório dele em Campo Grande. Além disso, não só atendo o Vander, mas também outros clientes”, enfatiza.

Yanaguita confirmou que recebe R$ 15.750,00 pelo contrato com o parlamentar petista. “Parte do valor eu uso para prestar serviços como informativos impressos, o pagamento na gráfica sou eu que faço. Está tudo embutido dentro dos serviços”, detalha. Em relação a sua empresa ter emitido 35 notas sequenciais apenas para o gabinete de Vander, ele explica que por dois anos, o deputado foi seu único cliente. Em casos de serviços como para um vereador de Antônio João, 279 quilômetros distante de Campo Grande, ele presta serviços de pequeno valor e aguarda acumular diversos itens para emitir nota. O jornalista também atende o deputado estadual Onevan de Matos.

No que diz respeito a ele ser o único membro da empresa, Yanaguita afirma que não possui funcionários para não aumentar ainda mais seus custos e tenta acumular o máximo de tarefas possíveis. “Quando não é possível, eu subcontrato, como aconteceu quando precisei fazer uma vinheta e contratei um editor de vídeos”, esclarece.

Em 2018, o jornalista passou a atender outros clientes e agenciou um projeto cultural em que o projeto, que segundo ele, foi de quase R$ 80 mil.

“A norma que veta que funcionários recebam pagamentos com verba de gabinete realmente existe e evita que fiquem recebendo ‘por fora’. Mas não sou nomeado e nem estou recebendo como pessoa física”, pontua.

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