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Política

Juiz cita "macrocorrupção" e mantém o bloqueio de milhões da Lama Asfáltica

Ângela Kempfer | 29/03/2019 15:47
João Amorim (ao centro) ao deixar a sede Polícia Federal durante operação Lama Asfáltica. (Foto: Arquivo )
João Amorim (ao centro) ao deixar a sede Polícia Federal durante operação Lama Asfáltica. (Foto: Arquivo )

Os empresários Antônio Celso Cortez e João Roberto Baird tiveram mais um recurso negado pela 3ª Vara Federal de Campo Grande nesta semana. Personagens da operação Lama Asfática, eles pediam o desbloqueio de R$ 4,4 milhões das empresas PSG Tecnologia da Informação e Mil Tec, denunciadas por lavagem de dinheiro e corrupção. A defesa alegou que algumas questões não foram respondidas na decisão de sequestro de ben e contestava a relação entre os atos ilícitos e as empresas.

Na decisão, assinada pelo juiz Sócrates Vieira Leão, o bloqueio foi mantido por não haver dúvidas do envolvimento de diversas empresas de Baird, todas "dirigidas à prática de lavagem de dinheiro em larga escala, no contexto da macrocorrupção".

Ele reforça que e nas fases da Operação Lama Asfáltica, a conexão ficou bastante clara, com "indicativos robustos de fraudes em contratos e licitações de obras públicas do Estado do Mato Grosso do Sul, junto à Secretaria de Obras e em especial junto à Agesul, com destaque para obras em rodovias estaduais e federais, urbanização de trechos em Campo Grande e Dourados e o Aquário do Pantanal, na capital do Estado".

O juiz cita a relação dos empresários com outros protagonistas do escândalo. "Sendo que a subtração do dinheiro público favorecia, através de superfaturamentos, sobrepreços e direcionamento de licitações, precipuamente as empresas ligadas à pessoa de João Amorim, conectado diretamente a André Puccinelli".

Para sustentar a continuidade do bloqueio de bens, o magistrado avalia que "todo esse dinheiro reverteria ainda ao núcleo político e aos agentes administrativos envolvidos na forma de propina, mormente em dinheiro e em bens, escamoteados em atos de lavagem diversificados"

Em janeiro deste ano, João Amorim sofreu outra derrota na Justiça Federal. A 3ª Vara de Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, negou pedido apresentado pela defesa do empresário para retirar da Justiça Federal responsabilidade sobre uma das ações da Operação Lama Asfáltica. Tratado pelo magistrado na decisão como apuração integrante do “maior desvio de verbas públicas da história do Estado de Mato Grosso do Sul”.

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