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Política

Juiz dá prazo para Olarte explicar uso de servidores em segurança particular

Paulo Yafusso | 28/03/2016 14:45
Se juiz acatar denúncia do MPE, Gilmar Olarte vai responder processo por improbidade administrativa (Foto: Marcos Ermínio)
Se juiz acatar denúncia do MPE, Gilmar Olarte vai responder processo por improbidade administrativa (Foto: Marcos Ermínio)

O vice-prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte, corre o risco de responder outro processo por improbidade administrativa. Desta vez, o MPE (Ministério Público Estadual) o acusa de se servir da Guarda Municipal para fazer segurança dele e na igreja da qual faz parte, a Assembleia de Deus Nova Aliança, a Adna. A denúncia foi protocolada no dia 3 de fevereiro do ano passado, pelo promotor de Justiça Fernando Martins Zaupa, da 29ª Promotoria de Campo Grande.

Nesta segunda-feira (28), o juiz David de Oliveira Gomes Filho, deu prazo de 15 dias para que Gilmar Olarte se manifeste. Depois disso é que o magistrado vai decidir se aceita ou não a denúncia. De acordo com os autos, as investigações tiveram início em 2014, com o Inquérito Civil 045/2014, a partir da verificação de que Guardas Municipais estariam fazendo segurança particular de Olarte e também na igreja dele.

Conforme foi apurado durante o Inquérito, por volta das 7h50 do dia 11 de abril de 2014, a Polícia Militar cumpria mandado de busca e apreensão na casa de Olarte, no bairro Vila Rosa, quando chegou ao local em um carro o Guarda Municipal Ricardo Aguiar Castelhano. Tempos depois, chegou ao endereço Gilmar Olarte em carro dirigido pelo Guarda Municipal Fabiano de Oliveira Neves.

Na época, os dois afirmaram que eram guardas municipais e que estavam fazendo a segurança de Olarte. Cada um portava uma pistola calibre 380 com carregadores para portar 19 projeteis, sendo que estavam municiados com 14 e 13 tiros cada uma das armas. Os guardas municipais não tinham autorização para andarem armados,e por isso foram presos em flagrante por porte ilegal de armas. E no dia 1º de julho de 2014, foi constatado que Guardas Municipais faziam a segurança na Adna.

Na denúncia, o MPE alega desvio de função dos Guardas Municipais, já que não poderiam estar fazendo segurança particular. O promotor afirma ainda, que a prática é ilegal, tendo em vista que quem paga o salário dos Guardas Municipais é o contribuinte, por isso configura-se em dano ao patrimônio público. O Campo Grande News ligou várias vezes para o advogado de Gilmar Olarte, Jail Azambuja, mas ele não atendeu as ligações.

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