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Política

Justiça apreende carros de luxo, imóveis e empresas de 3 políticos

Nícholas Vasconcelos | 01/04/2013 18:15

A Justiça de São Paulo decretou a apreensão de carros de luxo, fazendas, apartamentos, casas e empresas da chamada República de MS, como ficou conhecido o grupo de Mato Grosso do Sul que cometeu fraudes na prefeitura de Campinas (SP). Eles são acusados de montar um esquema que teria causado prejuízo de R$ 210 milhões aos cofres públicos através da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Sanemanto S/A).

O juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes, determinou o bloqueio de 126 bens, entre eles 63 propriedades rurais, 55 veículos e oito empresas em São e Mato Grosso do Sul com o objetivo de ressarcir os cofres públicos.

De acordo com o jornal Correio Popular, do ex-prefeito de Corumbá e ex-diretor de planjeamento, Ricardo Cândio, foram apreendidos imóveis em Campinas, uma casa e um terreno em Corumbá, propriedades rurais em Ladário. Foram arrestados ainda participações em seis empresas e 10 veículos, entre carros de luxo, camionetes, caminhões e veículos populares.

Francisco Lagos, ex-secretário de Comunicação, teve apreendidos 50% de um lote no condomínio Alphaville Campinas, 50% de um apartamento em Campinas, 50% de uma casa em Campo Grande, um veículo GM Captiva. Lagos foi secretário de Cultura em Campo Grande e presidente da Fundesporte (Fundação de Desperto e Lazer de Mato Grosso do Sul).

Já de Aurélio Cance Júnior, ex-diretor da Sanasa, a Justiça apreendeu quatro terrenos, três casas, um apartamento na Capital, cinco fazendas em São Gabriel do Oeste e Bataguassu. Foram retidos ainda um carro popular, um caminhão e um carro de luxo. Cance foi diretor da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul).

Tiveram os bens bloqueados também a ex-primeira-dama de Campinas, Rosely Nassim Jorge Santos, o vice-prefeito cassado Demétrio Vilagra, e o ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Carlos Henrique Pinto.

Os bens de todos ficarão retidos até o julgamento final da ação, se condenados, os valores serão transferidos para União e confres de Campinas e Governo de São Paulo.

De acordo com investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Estado vizinho, do total de R$ 210 milhões, R$ 20 milhões teriam sido recebidos pelo grupo durante a administração de Hélio de Oliveira Santos para direcionar contratos. As acusações levaram a Câmara de Campinas a cassar Hélio e o vice-prefeito Demétrio em 2011.

Segundo a defesa de Francisco Lagos disse que não há acusação na Justiça e informou ainda que tenta a suspensão do processo no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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