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Política

Lugo promete provar que refugiados são criminosos

Redação | 03/05/2010 13:59

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse que o país prepara mais provas de que os supostos líderes do EPP (Exército do Povo Paraguaio) refugiados no Brasil são criminosos.

A declaração foi dada há pouco em entrevista coletiva ao lado do presidente Luis Inácio Lula da Silva, no Centro de Convenções Miguel Gomez, em Ponta Porã.

O Paraguai contesta o refúgio dado a Victor Antonio Colmán Ortega, Juan Francisco Arrom Suhurt e Anuncio Martí Mendez pelo governo brasileiro em 2003.

O presidente Lula, na coletiva, comentou que caso haja provas de que os três cometem crimes em território brasileiro, o refúgio passará por revisão.

Eles foram presos e levados a julgamento em 2002, mas como não ficaram detidos, conseguiram fugir para o Brasil.

O grupo relatou, na época, que foram "barbaramente torturados" para confessar um crime que não cometeram e com ajuda das famílias fugiram para o Brasil, atravessando a Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR).

A justiça do Paraguai tenta repatriá-los e julgá-los pelo sequestro de Maria Edith Debernardi, nora de um ex-ministro da Economia e mulher de um dos empresários mais ricos daquele país e da filha do ex-presidente Raul Cubas, que morreu no cativeiro.

Lugo ressaltou que o Ministério das Relações Exteriores e a Receita Federal do Paraguai contestam o refúgio e levou o problema à ONU (Organização das Nações Unidas).

O Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) fará reunião até o fim deste mês e pode realizar nova análise do refúgio. O órgão, ligado ao Ministério da Justiça, somente fará a revisão se o Paraguai apresentar provas de que os três homens estejam envolvidos em ações criminosas no Brasil.

Lugo garante que há informações da polícia e dos serviços de inteligência de que os três têm envolvimento em ações criminosas. "A investigação dirá quem eles são e estamos compilando novos fatos", ressaltou.

Caso o pedido não seja revisto, Lugo promete respeitar o refúgio: "Escutaremos a decisão soberana da República Federativa do Brasil", finalizou.

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