ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Política

Lula teria usado notas frias em viagem a MS

Redação | 14/02/2008 08:10

Reportagem publicada hoje (14) pelo jornal Folha de São Paulo revela suspeitas de uso de notas frias para prestação de contas de uma viagem realizada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva a Ponta Porã, em março de 2003, para inauguração de um assentamento no projeto Itamarati.

O TCU (Tribunal de Contas da União) analiosu 31 notas referentes a viagem, aprovou apenas 4 e detectou 27 notas fiscais frias para pagamento de aluguel de veículos, com utilização de cartões corporativos . O endereço fornecido em Ponta Porã, de acordo com a auditoria do TCU, é fictício.

Segundo apuração da Folha, o Planalto liberou pelo menos R$ 206 mil para a locação dos automóveis, mas a empresa teria cobrado apenas R$ 40 mil, conforme assegurou Nelson Russo, proprietário da locadora Limosine Service - Russos & Filhos Ltda, responsável pelo serviço. A locadora tinha sede apenas em Campo Grande e fechou em 2003, na rua Arthur Jorge.

Russo nega ter repassado notas frias e  fala em "notas fiscais dublês". Em trecho da entrevista o empresário diz que "infelizmente a região da Ponta Porã é complicada. Usaram o nome e o CNPJ da minha empresa. Em 2004, veio a Campo Grande um pessoal dizendo que estava investigando. Eu apresentei as notas toda documentação normal. No ano passado eu recebi uma intimação do Ministério Público em Ponta Porã. Exigiam documentação sobre a empresa com sede em Ponta Porã. Respondi que não existia a empresa em Ponta Porã. A única sede era em Campo Grande. Mas disseram: "Apareceram umas notas da Limosine Service com sede em Ponta Porã". Respondi: foram executados os serviços em Ponta Porã quando a Presidência foi à fazenda Itamarati".

O caso agora é investigado agora pelo Ministério Público Federal. Procurada pela Folha de São Paulo, a assessoria da Casa Civil da Presidência afirmou que o valor pago foi o justificado em notas e disse que cabe à empresa responder pelas notas frias.

Nos siga no Google Notícias