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Política

Na Câmara Municipal, quatro mulheres representam 53,3% das eleitoras

Kleber Clajus | 07/03/2015 22:02
Para Carla, as mulheres são o principal norte de políticas públicas por vivenciarem sua existência ou não na prática (Foto: Izaias Medeiros / CMCG)
Para Carla, as mulheres são o principal norte de políticas públicas por vivenciarem sua existência ou não na prática (Foto: Izaias Medeiros / CMCG)
Luiza entende que respeito é também garantir vaga em Ceinfs para as mães trabalhadoras (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)
Luiza entende que respeito é também garantir vaga em Ceinfs para as mães trabalhadoras (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)
De acordo com Thaís, o Dia Internacional da Mulher possuí viés de luta e não comemoração (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)
De acordo com Thaís, o Dia Internacional da Mulher possuí viés de luta e não comemoração (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)
Já conforme Magali, somente colocando na prática as leis existentes será possível evitar o cerceamento de direitos (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)
Já conforme Magali, somente colocando na prática as leis existentes será possível evitar o cerceamento de direitos (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)

Predominantemente masculino, o ambiente legislativo de Campo Grande encontra em quatro vereadoras a defesa por política públicas efetivas para as mulheres, que representam 53,37% do eleitorado na Capital. Mesmo que a representação ainda seja pequena, diante de 24 vereadores, ela dá sequência a processo iniciado na Câmara Municipal em 1955.

A advogada Carla Stephanini (PMDB), 50 anos, ingressou na política há 16 anos e avalia que a mulher ainda é quem tem a melhor percepção sobre o funcionamento ou não das políticas públicas. Isso porque são elas, na maioria das vezes, que estão em postos de saúde com familiares doentes, nas reuniões de escolas e sessões comunitárias pontuando melhorias para os bairros.

“Estamos falando muito em direitos das mulheres, mas especialmente sobre o empoderamento nos seus mais diversos campos de atuação oportunizando o surgimento de lideranças nos partidos, espaços públicos e iniciativa privada”.

O caminho das mulheres na Casa de Leis, inclusive, teve início com Oliva Enciso que foi eleita primeira vereadora e hoje dá nome ao principal plenário do Legislativo, que possui 29 legisladores.

Com a possibilidade de reforma política, a administradora Thaís Helena (PT), 33 anos, entende ser possível “mais igualdade”, em uma carreira que exige da família compartilhamento de tarefas como em qualquer outra onde a mulher se lança ao desafio do trabalho e crescimento profissional.

Para a petista, que desde os 16 anos milita politicamente, o Dia Internacional da Mulher possuí um viés de luta e não comemoração. Sua proposta, inclusive, consiste em criar um Fórum Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres “como organismo de debate para avançar em ações de acesso ao trabalho, moradia e contra a violência”.

Na perspectiva da também advogada Luiza Ribeiro (PPS), 46 anos, o fato da mulher ser mais cobrada do que o homem em relação ao cuidado dos filhos poderia ser minimizado caso o poder público garantisse, por exemplo, vagas nos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) onde o déficit nesse setor ultrapassa 8 mil vagas.

“Sabemos o quanto é importante para a mulher, mesmo com a maternidade, poder seguir sua vida de trabalho e estudos. Mesmo que um direito da criança a vaga no Ceinf, queremos tratar isso como aspecto de respeito a mulher”, comenta a vereadora que possui 31 anos de filiação partidária.

Em complemento a pedagoga Magali Picarelli (PMDB), 63 anos, ressalta que somente colocando na prática as leis existentes será possível evitar o cerceamento de direitos constitucionais adquiridos com o tempo, bem como enfrentar a própria violência contra a mulher.

Mais do que sentir seu valor, conforme a peemedebista que está há 19 anos na política, as mulheres exercem em seus círculos de influência a sabedoria necessária para a construção de uma sociedade alicerçada no respeito.

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