ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Política

Nova proposta da prefeitura só sai após ajuste de contas e greve continua

Lidiane Kober e Antonio Marques | 16/06/2015 18:45
Professores foram à Câmara pedir apoio dos vereadores por reajuste (Foto: Marcelo Calazans)
Professores foram à Câmara pedir apoio dos vereadores por reajuste (Foto: Marcelo Calazans)

Apesar de prometer nova proposta aos professores para esta terça-feira (16), a Prefeitura de Campo Grande encaminhou ofício à ACP (Sindicato Campo-grandense dos Professores) afirmando que só poderá apresentar novos valores após ajustar a folha e reduzir o limite prudencial, em conformidade com a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Segundo o Poder Executivo, os gastos com folha representam 51,3% do orçamento. O limite estabelecido pela LRF é de 54%. No entanto, a mesma lei estabelece que, se o gasto com a folha superar 95% do teto (ou seja, se for maior que 51,3% da receita), a prefeitura fica impedida de realizar qualquer ação que eleve ainda mais esse tipo de despesa, como reajuste salarial, criação de cargos, contratação de funcionários, etc.

A ACP, por sua vez, contesta os números da prefeitura e, com base em levantamento, garante que o Executivo tem capacidade de dar reajuste de 13,01%. O percentual representa elevação do piso salarial, aprovada em janeiro. O estudo, conforme o presidente da ACP Geraldo Gonçalves Alves, foi feito em cima de publicações e dados oficiais.

Uma cópia do levantamento, inclusive, foi requerida pelos vereadores que fazem parte da CPI da Contas Públicas, instalada na Câmara Municipal. “Solicitei para a CPI e eles vão nos encaminhar para confrontar com dados da prefeitura”, disse o presidente da comissão, vereador Eduardo Romero (PTdoB).

Ele, ao lado dos vereadores Luiza Ribeiro (PPS), Marcos Alex (PT) e Paulo Pedra (PDT), acompanharam a assembleia dos professores, realizada na tarde de hoje. “Infelizmente, não teve nenhuma proposta da prefeitura, a negociação não avançou e a categoria decidiu manter a greve”, relatou Romero.

O Executivo chegou a propor reajuste de 8,5%, parcelado até dezembro, mas os professores queriam ainda a garantia de escalonar 4,51% no próximo ano para completar os 13,01%. O pedido não foi aceitou e a prefeitura retirou a proposta. Nesta terça-feira, segundo o Executivo Municipal, das 94 unidades, 39 estão com aulas normais, 24 em funcionamento parcial e 31 com paralisação total. Conforme o sindicato, 60% das escolas participam da greve, total ou parcial.

Nos siga no Google Notícias