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Política

Novatos na política, vices garantem que não serão "figurantes" na prefeitura

Candidatos estão determinados a não serem figuras decorativas durante o mandato

Por Jhefferson Gamarra | 01/10/2024 16:33
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Alguns dos candidatos a vice nas chapas majoritárias em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Alguns dos candidatos a vice nas chapas majoritárias em Campo Grande (Foto: Arquivo)

Os candidatos a vice-prefeito nas eleições de Campo Grande em 2024 estão determinados a não apenas serem figuras decorativas, mas sim a participar ativamente da gestão municipal, caso saiam vitoriosos nas urnas. Mesmo sem experiência política, eles afirmam que foram "escolhidos a dedo" por conta do trabalho que realizam em suas respectivas áreas.

Roberto Oshiro (União), vice da candidata Rose Modesto (União), é advogado e tem 46 anos. Graduado pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Oshiro também possui pós-graduação em Direito Tributário e especializações nas áreas de Direito Imobiliário, Empresarial e Sucessório. Atualmente, ele ocupa o cargo de primeiro-secretário da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), onde atua como consultor em projetos de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Roberto Oshiro (União), vice da candidata Rose Modesto (Foto: Arquivo)
Roberto Oshiro (União), vice da candidata Rose Modesto (Foto: Arquivo)

O candidato a vice-prefeito, expressou sua visão sobre sua escolha e seu papel na administração municipal, enfatizando sua longa experiência no setor empresarial e seu envolvimento na ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) nos últimos 20 anos. Ele observou que a cidade enfrenta desafios significativos, perdendo investimentos para outras regiões, e que sua indicação para a chapa de Rose surgiu a partir de lideranças empresariais que reconhecem a importância de sua atuação.

Oshiro destacou que aceitou compor a chapa devido à capacidade de Rose em dialogar com diferentes setores, ressaltando que, durante seu tempo à frente da Sudeco, ela implementou ações eficazes nos bairros, como a oferta de microcréditos para pequenos empresários e a inclusão de cooperativas para reduzir a dependência de instituições financeiras monopolistas. Ele acredita que essa experiência será fundamental para destravar o potencial econômico da cidade.

Ele se comprometeu a não ser um vice decorativo, mas sim um colaborador ativo na gestão municipal. "Desde o início, ajudamos na montagem do plano de governo e realizamos uma análise detalhada das contas da prefeitura. Enfrentaremos o desafio de recuperar a saúde financeira da cidade, que atualmente se encontra no vermelho", afirmou.

Oshiro também mencionou seu vasto networking no setor comercial e em Brasília, garantindo que ele e Rose têm conhecimento de quais portas bater para conseguirem recursos. Ele afirmou que o foco será a implementação de cortes de despesas e a busca por novos recursos, além de desenvolver projetos que atendam a todas as áreas e a formação de uma equipe técnica para a gestão.

Camila Nascimento (Avante), que integra a chapa da prefeita Adriane Lopes (PP) (Foto: Arquivo)
Camila Nascimento (Avante), que integra a chapa da prefeita Adriane Lopes (PP) (Foto: Arquivo)

Camila Nascimento (Avante), que integra a chapa da prefeita Adriane Lopes (PP), tem 49 anos e é originária de Goiânia. Ela atuou como dentista, diretora do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) e secretária municipal de Saúde. Ela destaca que sua escolha é um reflexo dos seus mais de 25 anos de experiência em saúde e gestão pública e expressou sua determinação para enfrentar novos desafios.

Apesar de não ter experiência político-partidária, a candidata garante que já está participando da gestão desde a campanha, onde percorreu as sete regiões de Campo Grande, ouvindo as histórias e preocupações dos cidadãos. De acordo com ela, proximidade a ajudou a entender melhor os desafios específicos de cada bairro e a fortalecer sua confiança em contribuir ao lado de Adriane. Ela expressou que a parceria com a atual prefeita é uma honra, pois ambas compartilham uma visão sensível e preocupações genuínas com a população.

A candidata enfatizou que não é uma política de carreira, considerando isso uma de suas maiores forças e que aceitou o desafio por acreditar que sua experiência técnica, especialmente na área da saúde, pode trazer mudanças significativas. Ela reconhece a necessidade de soluções inovadoras e uma gestão ética e eficiente na saúde pública, destacando que sua missão será transformar essa realidade com foco em resultados concretos.

Por fim, garante que se caso for eleita, irá a trabalhar ao lado de Adriane em uma gestão transparente e próxima das pessoas. "Estou pronta para dar o meu melhor em cada etapa desse caminho", concluiu.

Neidy Centurião, a Coronel Neidy (PL) vice na chapa encabeçada por Beto Pereira (Foto: Arquivo)
Neidy Centurião, a Coronel Neidy (PL) vice na chapa encabeçada por Beto Pereira (Foto: Arquivo)

Neidy Centurião, a Coronel Neidy (PL) destacou sua filiação ao PL e a construção conjunta com o PSDB para lançar sua candidatura. Ela mencionou que a escolha de seu nome foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, levando em conta seu currículo na polícia militar, seu histórico de serviço na assistência social e seu compromisso com a segurança pública.

Neidy afirmou que a aliança entre o PL e o PSDB se deu porque o candidato Beto é visto como a melhor opção para Campo Grande e que sua função como vice será fundamental para o partido. A militar, que está afastada para a campanha, estreou na política em 2022, quando recebeu 10.972 votos para o cargo de deputada federal por MS. Nas redes sociais ela se descreve como “cristã, casada e mãe de dois”.

Ela enfatizou o compromisso que tanto ela quanto Beto têm com a população, destacando a importância de servir ao povo e executar as propostas apresentadas. Mesmo sem experiência política, Neidy acredita que o que Campo Grande precisa é de trabalho, responsabilidade e conhecimento em gestão, habilidades que ela possui devido ao seu trabalho na polícia militar.

Em relação às prioridades para a cidade, Neidy apontou que as áreas mais urgentes a serem enfrentadas são assistência, saúde, educação e habitação. Para ela, esses aspectos estão diretamente ligados ao mínimo que a população merece, que atualmente não está sendo atendido. Ela ressaltou a importância de um trabalho conjunto entre as secretarias e áreas envolvidas, acreditando que isso pode proporcionar respostas imediatas aos desafios que Campo Grande enfrenta. Neidy garantiu que, ao assumir a prefeitura, dará atenção especial a essas áreas, acompanhando de perto as ações para solucionar os problemas da cidade.

O ex-governador e atualmente deputado estadual Zeca do PT, que é vice na chapa da deputada federal Camila Jara (PT), foi procurado pela reportagem, mas não respondeu aos contatos.

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