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Política

Oito dias após operação do Gaeco, Neno Razuk aparece em reunião da CCJR

Desde a prisão do pai e dos irmãos, o deputado vinha participando de forma remota das sessões na Alems

Por Silvia Frias e Fernanda Palheta | 03/12/2025 08:57
Oito dias após operação do Gaeco, Neno Razuk aparece em reunião da CCJR
Neno Razuk conversa com Júnior Mochi durante a CCJ (Foto: Henrique Kawaminami)

Oito dias após a deflagração da Operação Successione 4, o deputado estadual Neno Razuk (PL) foi à Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para participar da 37ª sessão ordinária da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação). Na 4ª fase da operação, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em MS, PR, GO e RS. Entre os detidos estavam o pai do parlamentar, o ex-deputado estadual Roberto Razuk e os irmãos, Jorge e Rafael Razuk.

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O deputado estadual Neno Razuk (PL) retornou à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para participar presencialmente da 37ª sessão ordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, após oito dias da deflagração da Operação Successione 4. A operação, que resultou na prisão do pai do parlamentar, Roberto Razuk, e seus irmãos Jorge e Rafael, investiga uma organização criminosa dedicada à exploração de jogos de azar. O grupo é suspeito de envolvimento em crimes como roubos, lavagem de dinheiro e corrupção. Dos 20 mandados de prisão expedidos, 17 foram cumpridos em quatro estados.

Neno Razuk chegou às 8h15, de óculos escuros. Desde as 8h05, já estavam na sala para a sessão os deputados Paulo Duarte (PSB) e Junior Mochi (MDB), à espera dos demais componentes da CCJR. Com Razuk, houve quórum para o início da reunião. Pedro Caravina (PSDB) e Pedro Pedrossian (PSB) chegaram na sequência.

Razuk foi o primeiro a dar parecer em dois projetos. Um deles autoriza o Estado a doar ao Município de Miranda um imóvel de 6,6 mil hectares, e o outro declara de utilidade pública a Associação dos Feirantes de Nioaque. Depois, durante a sessão, recorreu diversas vezes ao telefone celular.

Desde que a operação foi deflagrada, no dia 25 de novembro, Razuk participava de maneira remota nas sessões da Alems. Conforme apurado pelo Campo Grande News, no caso da reunião da CCJR, não há essa prerrogativa, sendo obrigatória a participação presencial ou a indicação de substituto.

Successione – Roberto Razuk e os filhos são investigados por comandar uma organização criminosa, armada e violenta, dedicada à exploração de jogos de azar. Segundo a investigação, os contraventores, para manter o negócio ativo, se valem de corrupções e crimes como roubos, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional.

Conforme balanço divulgado ontem pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), 17 dos 20 mandados de prisão expedidos para a Successione 4 foram cumpridos.

Outro lado – Em nota, a defesa dos Razuk, formada pelos advogados André Borges e João Arnar, afirmou que as informações divulgadas sobre a nova fase da Successione ainda não lhes foram comunicadas oficialmente e que, quando isso ocorrer, irão se manifestar nos autos. Ressaltou que, pela Constituição, ninguém pode ser considerado culpado antes do fim do processo e negou qualquer envolvimento em crimes. Disse que jamais foi ouvida pelas autoridades sobre os fatos citados e que, se tivesse sido intimada, tudo seria esclarecido sem dificuldade.