Onevan de Matos acusa bancada de traição e provoca racha no PSDB
A disputa pela mesa diretora da Assembleia Legislativa e a liderança do partido causou racha no PSDB. Afirmando que foi traído pelo partido, o tucano Onevan de Matos se recusou a participar das comissões. Hoje, último dia para as indicações, o PSDB indicou os nomes paras 13 comissões da Casa Legislativa.
Onevan acusa que foi traído pelos colegas de partido. O último conflito foi para ser líder da bancada. Status que garante ao parlamentar acréscimo de 6% (R$ 4 mil) ao salário de R$ 20 mil.
O posto ficou com Rinaldo Modesto, que só tomou posse neste mês, após Carlos Marun (PMDB) deixar o legislativo para reassumir a Secretaria Estadual de Habitação e Cidades.
Segundo Onevan, o PSDB postergou a indicação do líder para privilegiar Rinaldo. “O Rinaldo falou que precisava de um pouco mais de dinheiro”, afirma Onevan. O parlamentar relata que ainda tentou que a liderança fosse feita em sistema de rodízio.
Crise - De acordo com Onevan de Matos, a crise começou no processo de eleição da Mesa Diretora da Assembleia. Ele conta que se reuniu no começo do ano com o presidente regional do PSDB, o deputado federal Reinaldo Azambuja, e os deputados estaduais Dione Hashioka e Márcio Monteiro para anunciar que disputaria a primeira-secretaria.
Entretanto, segundo o parlamentar, Dione Hashioka articulou nos bastidores com outro grupo para ser a 2ª vice-presidente. Apesar da revolta, Onevan nem ameaçou sair do partido. Ele explica que agora a Casa terá a bancada do PSDB e a “bancada dele sozinho”.
Rinaldo Modesto, por sua vez, minimizou as acusações do colega de partido. Ele argumenta que ainda não estava na Assembleia durante as articulações para a Mesa Diretora e que a escolha do líder partiu da bancada. Rinaldo afirmou que aprecia muito Onevan e finaliza: “não há racha”.
