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Política

Quase 80% garantem que não mudariam voto se soubessem que candidato é gay

Contudo, 13,7% admitiram que a sexualidade é levada em conta na hora de decidir o voto

Guilherme Correia | 21/07/2021 08:48
Em 2012, manifestantes faziam Marcha Nacional contra a Homofobia em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, local de trabalho do presidente (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
Em 2012, manifestantes faziam Marcha Nacional contra a Homofobia em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, local de trabalho do presidente (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Pesquisa aponta que cerca de 13,7% da população brasileira poderia mudar o voto se um candidato à presidência da República se declarasse homossexual. Mas a maioria esmagadora respondeu não ligar para essa questão.

Segundo a mesma análise do Instituto Paraná Pesquisas, em geral, 5,8% afirmam que a chance de apoiar essa mesma candidatura aumentaria, enquanto a maior parte (75,9%) afirmou que a vontade não se alteraria. Por fim, os demais 4,6% dizem que não sabem ou não opinaram.

Entre a faixa etária que mais é contrária a uma possível eleição de uma pessoa gay, estão as pessoas com 60 anos ou mais - cerca de 21,4%. Enquanto isso, os mais jovens ouvidos pela pesquisa, de 16 a 24 anos, são os que mais aumentariam essa vontade, representando 10,4%.

Entre as pessoas do sexo masculino, esse índice de rejeição é um pouco maior, de 15,8%, enquanto as mulheres são um pouco mais favoráveis, já que 11,8% relatam diminuir essa vontade.

Já em relação às pessoas com ensino superior (10,2%), esse índice é um pouco menor que as que têm ensino fundamental (16,8%) ou médio (13,2%) e a taxa de pessoas mais favoráveis também é inversamente proporcional - quanto maior a escolaridade, maior a vontade de votar em alguém com essa sexualidade.

Por fim, a região sul do Brasil é que tem maior índice contrário - cerca de 15,9% - enquanto a mais favorável é a sudeste (7,5%). A região centro-este, que foi contabilizada junto com a norte, possui 14,4% de sua população afirmando que reduziria chance de votar em alguém homossexual, enquanto apenas 3,8%, o menor índice regional, são de pessoas que dizem aumentar a vontade.

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Até o momento, há pelo menos um presidenciável gay, o atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que declarou publicamente, pela primeira vez, sua sexualidade, durante um programa de entrevistas.

A pequisa de opinião pública nacional, elaborada pelo Instituto Paraná Pesquisas, utilizou amostra de mais de 2 mil brasileiros, com estratificações para mensurar a totalidade da população brasileira. O estudo tem grau de confiança de 95%, com margem de erro estimada em dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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