PDT suspende convenção que 'elegeu' chapa de Dagoberto
Por 5 votos a 2, a Executiva municipal do PDT decidiu, nesta sexta-feira, suspender a convenção para eleger diretório do PDT municipal.
O PDT está dividido em dois grupos, liderados pelos deputados estadual Ary Rigo
e federal Dagoberto Nogueira.
O grupo de Rigo diz que a suspensão foi necessária porque Dagoberto quebrou o acordo de fazer uma composição igualitária da chapa, encabeçada por Paulo Pedra.
De acordo com o secretário Jorge Martins, a suspensão da eleição tem o objetivo de proporcionar mais tempo para fazer a composição. "O presidente, que é fundador do PDT, tem todas as condições de adiar. Ele é um pedetista roxo. Não queremos ver essa divisão entre Dagoberto e Rigo. Vamos consertar e para isso precisamos dar mais tempo", diz Martins.
O vereador Paulo Pedra, que é o candidato à sucessão de Loester Nunes na presidência, diz que a decisão é imoral. Já Jorge Martins afirma que "imoral é deixar de cumprir acordo", sobre a manobra de Dagoberto para tentar impor um nome para o diretório, sem consenso.
Dos seis membros da Executiva, apenas Paulo Pedra e Franklin Masrhua votaram contra a suspensão. Loester tem direito a dois votos por ser presidente e líder do partido na Câmara. Os outros membros da Executiva são Jorge Martins, Maria Bethânia e Djalma Blans.
A convenção coloca em jogo interesse nas eleições de 2010. Dagoberto já posa como pré-candidato a senador na chapa encabeçada pelo ex-governador Zeca do PT. Já Rigo diz que é cedo para se tomar uma decisão entre apoiar Zeca ou o governador André Puccinelli (PMDB).