Pela reeleição, 44% dos 29 vereadores pensam em mudar de partido

Focados na reeleição, 13 dos 29 vereadores da Câmara Municipal podem trocar de partido este ano. As legendas mais cogitados entre os parlamentares são o PSD, do prefeito Marquinhos Trad, e o DEM, dos ministros Luiz Henrique Mandetta e Tereza Cristina.

A 15 dias para o início da janela partidária, a dança das cadeiras para a eleição municipal deste ano já começou. O vereador André Salineiro confirmou a saída do PSDB para se filiar ao DEM. Segundo ele, a troca de legenda foi justificada por "identificação em seus propósitos".

O vereador Antônio Cruz também sinalizou que deve deixar o PSDB para a disputa desse ano. O destino do parlamentar ainda não está certo, mas adiantou que deve ir ou para o PSD ou para "algum partido alinhado ao presidente Jair Bolsonaro".

Com a mudança a bancada tucana, maior na Casa de Leis, passará de seis cadeira para quatro. Já o vereador Lívio Viana de Oliveira Leite (PSDB) entra na lista dos indecisos. De acordo com ele, ainda não há definição. "Em um primeiro momento eu vou ficar, mas já conversei com outros partidos como o Solidariedade e o DEM", explicou.

Os colegas de bancada, o presidente da Câmara, João Rocha e os vereadores Wellington Oliveira e João César Matogrosso, não pretendem deixar a legenda.

Cotado como candidato a vice-prefeito, Rocha reforçou que é candidato a reeleição. "Fora isso, as outras coisas são contingências de entendimento e diálogo, muitas coisas vão acontecer", disse. "Se tiver que ser vamos embora, vamos ajudar", completou. Já Matogrosso, questionado se é candidato a reeleição não confirmou qual cargo irá disputar. "Existem três possibilidades".

As mudanças de partido podem trazer um reforço para os tucanos. É o caso do vereador Júnior Longo (PSB). "Hoje a certeza é ficar no PSB, mas estamos avaliando as propostas que vem recebendo", disse. "Como vai mudar a campanha você tem que olhar dentro da chapa se vai ser competitiva se não, você é, de certa forma, obrigado a mudar", justificou.

Já o PSD é a legenda que deve receber mais filiações na Câmara durante a janela partidária. Pelo menos cinco parlamentares analisam propostas do partido. Entre eles o vereador Valdir Gomes (PP), que já sinalizou a troca. "Eu sou muito fiel a quem me apoia e eu conseguir fazer meu trabalho com o apoio do prefeito".

A bancada do PDT, formada pelos vereadores Odilon de Oliveira e Ademir Santana, também está na lista de nomes que podem reforçar o partido do prefeito. Odilon afirmou que está alinhado para a ida para o PSD. "Mas vamos decidir próximo da janela". Já Santana ainda pondera a mudança com a proposta troca pelo PSDB. "O PDT não me quer", disse.

O presidente da CCJ, o vereador Otávio Trad (PTB) também poderá se filiar ao PSD. Ele explica que a decisão será tomada no período legal, durante a janela, e a mudança depende do apoio a reeleição do prefeito Marquinhos Trad. "Vou procurar uma nova sigla que esteja alinha politicamente ao projeto do prefeito", explicou.

Já o vereador William Maksoud (PMN), poderá disputar a reeleição em um novo partido. Ele afirma que recebeu convites Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta para ir para o DEM e do prefeito para ir para o PSD, mas a mudança ainda não está definida.

Com as trocas o PSD poderá se tornar a maior bancada da Casa, com pelo menos seis vereadores, com o líder do prefeito, Francisco Teles, que busca reeleição na mesma sigla.

Único nome da bancada do DEM na Câmara, o vereador Vinicius Siqueira conta que tem propostas desde a simples mudança de partido para buscar reeleição até a possibilidade para disputar a prefeitura da Capital. "Tenho proposta para ficar no DEM como vereador, tenho duas propostas de partidos grandes para ser ponta na chapa e partido médio para vir como prefeito e um partido pequeno para vereador", detalha.

Na lista dos indecisos também estão os vereadores Hederson Fritz Morais da Silveira (PSD) e Dharleng Campos (PP). A mudança dos dois depende do posicionamento dos atuais partidos. "Ainda estamos em conversa. Sou fiel aos meus parceiros, eu quero conversar com o prefeito para definir quais são os objetivos dentro do partido. Na verdade, meu caso é uma questão de vínculo ao prefeito", explicou Hederson.

Candidata a reeleição, Dharleng detalhou que está em conversas. "Tenho propostas de outros partido, mas eu preciso entender onde eu tenho condição de realmente disputar uma reeleição. minha vontade é permanecer no mesmo, mas infelizmente nosso partido não está organizado", afirmou.

Sem partido desde o ano passado, o vereador Eduardo Cury afirmou que está em conversa com o DEM.

Mesmo partido - De acordo com levantamento feito pela reportagem do Campo Grande News, apenas 16 vereadores não pretendem mudar de legenda nesta eleição. Entre eles estão os parlamentares Ayrton Araújo (PT), Roberto Santana dos Santos (Republicano), Carlos Augusto Borges (PSB), Derly dos Reis de Oliveira (PP), Loester Nunes de Oliveira (MDB), Wilson Sami (MDB), Eduardo Romero (Rede), Gilmar da Cruz (Republicano), Maria Aparecida de Oliveira do Amaral (Pros), Epaminondas Vicente Silva Neto (SD), Jeremias Flores (Avante) e Francisco Gonçalves Carvalho (PSB).