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Política

Policiais Civis vão à Assembleia para impedir o fim da classe substituta

Paula Maciulevicius e Luciana Brazil | 15/05/2013 10:30
Policiais Civis vão à Assembleia para impedir o fim da classe substituta

Cerca de 200 policiais civis estão na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, para pedir aos deputados que não aprovem a proposta do governo de extinguir com a classe substituta (inicial) dos policiais. Segundo o presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis), Alexandre Barbosa, a intenção do governo é fazer com que os novos policiais sejam integrados diretamente na terceira classe.

Assim, os novos policiais seriam beneficiados, deixando de receber R$ 2.361 para receber R$ 2,8 mil, salário pago a terceira classe. Porém, os policiais de carreira não seriam favorecidos com a proposta.

Conforme o Sindicato, o governo daria aumento de 20% para quem está entrando, enquanto os policiais de carreira receberiam só 7%. O aumento pedido pelos servidores é de 25%, além de melhores condições de trabalho.

O Sindicato, que ainda pretende ocupar a tribuna da Assembleia, assegura que a greve para sexta-feira está mantida e que apesar do governo dizer que a proposta não está finalizada, os policiais alegam que o aumento que o Estado propõe não tem saído dos 7%.

A proposta de reajuste feita pelo Estado não será aceita pela categoria. O presidente do Sinpol sustenta que o reajuste beneficia apenas 70 dos 2.130 policiais civis do Estado, tanto da ativa quanto a aposentados.

Os policiais prometem paralisar os trabalhos em todo o Estado a partir de sexta-feira. Atualmente, há 1,3 mil policiais civis ativos no Estado, e em caso de greve, apenas 30% - pouco mais de 900 policiais - seguem trabalhando para realizar os atendimentos de emergência, conforme legislação trabalhista que rege os profissionais. Há também a orientação para que os policiais não usem viaturas em mau estado durante a paralisação.

A proposta detalhada de reajuste aos policiais civis aponta aumento de 7% e promoção dos policias da Classe dos Substitutos neste ano, o que faria o valor chegar a 28% (de R$ 2.361,21 para R$ 3.031,80), além de reajuste de 8% em 2014 e 12% em 2015.

Os policiais pedem 25% de reajuste. Segundo o governador André Puccinelli (PMDB), caso a proposta não seja aceita, o reajuste a ser encaminhado para aprovação da Assembleia Legislativa é o índice inicial apresentado à categoria, de 5%.

O Estado também vai estender a todos os policiais a etapa alimentação – benefício semelhante ao ticket alimentação -, se compromete a aumentar o número de vagas para promoção de escrivães e investigadores, a fixar data para promoção anual em lista tríplice e a equiparar servidores DAP com os da segunda classe.

De acordo com um levantamento realizado pelo sindicato, os policiais civis do Estado recebem o 25º salário do País, ficando à frente apenas dos estados do Acre e Paraíba.

Matéria editada para correção às 13h57

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