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Política

Prefeitas de todo o Brasil discutem políticas públicas em evento na Capital

Evento “Elas Governam” integra a mobilização nacional por mais mulheres no comando dos municípios

Por Jhefferson Gamarra | 15/07/2025 19:15
Prefeitas de todo o Brasil discutem políticas públicas em evento na Capital
Prefeita Adriane Lopes quando foi eleita 3ª vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos em abril (Foto: Divulgação)

Pela primeira vez fora de Brasília, o encontro nacional da comissão permanente da FNP (Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos) acontecerá em Campo Grande. O evento, intitulado “Elas Governam”, está previsto para ocorrer em agosto, durante as comemorações dos 126 anos da cidade e reunirá prefeitas de diversas regiões do Brasil para discutir temas como orçamento sensível a gênero e políticas públicas estruturantes com foco na inclusão.

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Prefeitas de todo o Brasil se reunirão em Campo Grande, em agosto, para o encontro "Elas Governam". O evento, organizado pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), discutirá políticas públicas com foco na inclusão e orçamento sensível a gênero. A prefeita da capital sul-mato-grossense, Adriane Lopes, 3ª vice-presidente da FNP, articulou a vinda do evento para a cidade.A Comissão Permanente de Prefeitas, criada em 2023, busca fortalecer a liderança feminina na gestão pública. Apesar das mulheres serem maioria no país, representam apenas 13% das prefeituras. O encontro marcará o início de mobilizações para qualificar a gestão pública e promover a igualdade de gênero, com apoio de instituições como ONU Mulheres e Sebrae. O programa +Iguais, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento, abordará políticas de cuidados, empreendedorismo feminino e justiça climática.

A realização do encontro foi articulada pela prefeita Adriane Lopes (PP), que também é a primeira mulher eleita prefeita da capital sul-mato-grossense. Em abril de 2025, Adriane foi eleita como 3ª vice-presidente da FNP e é uma das principais lideranças do movimento que busca fortalecer o papel das mulheres no comando dos municípios brasileiros. Sua atuação à frente da prefeitura e na Frente Nacional vem contribuindo para a ampliação de espaços institucionais voltados ao protagonismo feminino na política local.

Criada em 2023, a Comissão Permanente de Prefeitas surgiu com o objetivo de fortalecer a governança feminina, ampliar a troca de experiências entre gestoras municipais e fomentar políticas públicas estruturantes com enfoque inclusivo. A comissão atua como uma estratégia institucional para enfrentar os desafios enfrentados pelas prefeitas brasileiras, que ainda são minoria em um cenário político amplamente dominado por homens.

Embora as mulheres representem mais da metade da população nacional, apenas 727 dos 5.569 municípios brasileiros são governados por prefeitas, o que equivale a cerca de 13% do total. Entre os 419 municípios que integram a FNP, responsáveis por 63% da população brasileira e 72% do PIB do país, apenas 48 têm gestoras no comando.

O evento em Campo Grande também será o ponto de partida de uma série de mobilizações nacionais lideradas por prefeitas e gestoras públicas. A proposta é consolidar uma rede de apoio e articulação entre lideranças femininas do Executivo municipal, com ênfase na qualificação da gestão pública e na promoção de políticas voltadas à equidade de gênero.

O encontro contará com a participação de prefeitas, secretárias de finanças e responsáveis por políticas para mulheres, que debaterão os principais obstáculos enfrentados na adequação dos orçamentos públicos à realidade das desigualdades sociais e de gênero nos municípios.

A iniciativa conta com o apoio de instituições como o Instituto Alziras, ONU Mulheres, Sebrae e ministérios do governo federal, por meio do programa + Iguais. Lançado em 2024, o programa é financiado pela AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento) e tem como objetivo central promover a igualdade de gênero a partir das administrações locais.

As ações do programa se concentram em três frentes intersetoriais: políticas de cuidados, que envolvem a valorização do trabalho doméstico e de cuidado; incentivo ao empreendedorismo feminino com recorte de gênero; e justiça climática, considerando os impactos desiguais das mudanças ambientais sobre mulheres e meninas.

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