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Política

Prefeito de Paranaíba desqualifica operação e vê motivação política

Fabiano Arruda | 03/07/2012 16:09
Gaeco desencadeou operação para apurar desvio de dinheiro na Prefeitura de Paranaíba; prefeito questiona ação às vésperas das eleições. (Foto: Jornal Tribuna Livre)
Gaeco desencadeou operação para apurar desvio de dinheiro na Prefeitura de Paranaíba; prefeito questiona ação às vésperas das eleições. (Foto: Jornal Tribuna Livre)

Por meio de nota, o prefeito de Paranaíba, José Garcia de Freitas (PDT), mais conhecido como Zé Braquiara, comentou sobre operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desencadeada na manhã desta terça-feira para apurar esquema de desvio de dinheiro na Prefeitura.

Em pontos do texto, o prefeito desqualifica a ação e afirma ter “claro propósito eleitoreiro”. “É claro o propósito de atingir a imagem e a honra do prefeito, às vésperas das eleições gerais”, destaca.

Porém, admite que a investigação corre desde o ano passado, segundo ele, de forma sigilosa, inclusive, com auxílio da colaboração de funcionários públicos municipais.

Desta forma, o prefeito diz que não justifica “as medidas adotadas nesta manhã”.

O prefeito começa a nota dizendo que soube da ação pela imprensa e que os policiais tiveram condução coercitiva de pessoas.

Braquiara também reclama da falta de acesso da Prefeitura às investigações. Garante não compactuar com irregularidades e que apoia as ações deste que “isenta e legitima das autoridades constituídas”.

“Entretanto, não nos parece que esse seja o propósito dessa investigação que não quer a colaboração do prefeito municipal e não permite que as autoridades municipais tenham acesso ao inteiro teor das investigações”, diz o chefe do Executivo Municipal em outro trecho da nota.

Por fim, o pedetista lembra que foi vítima de atentado em sua residência e que não teve o direito de acompanhar as investigações sobre o caso.

Entenda - Denominada “Geleira”, a operação do Gaeco ouviu depoimentos de secretários municipais, empresário e funcionários públicos. Com o cumprimento dos mandados de condução coercitiva, eles foram levados para o MPE (Ministério Público Eleitoral).

A ação investiga esquema de desvio de dinheiro por meio de emissão de notas fiscais frias. Do primeiro escalão da prefeitura, estava previsto depoimento dos responsáveis pelas pastas de Finanças e Governo.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na prefeitura de Paranaíba e quatro residências. A operação envolve 22 agentes do Gaeco.

Conforme o Jornal Tribuna Livre, a ONG (Organização Não Governamental) Avança Paranaíba denunciou ao MPE (Ministério Público Eleitoral) que a prefeitura emitiu notas fiscais de pagamentos por serviços não realizados.

No valor de R$ 6.490, uma nota aponta a realização do “georreferenciamento do Parque Industrial II”. A nota foi emitida por um servidor público municipal, além do serviço não ter sido executado.

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