Prefeito recua, desiste de ir a protesto e admite que será alvo de opositores

Vinte e quatro horas depois de anunciar que participaria do protesto contra a corrupção, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), recuou. Hoje, em reunião no Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), declarou que não vai mais à mobilização marcada para amanhã na Praça do Rádio, com previsão de reunir mais de 20 mil pessoas.

Depois de crítica nas redes sociais, o prefeito, precavido, já deixou claro que deve ser um dos alvos da manifestação. Bernal relatou ter conhecimento, via redes sociais, de que há pessoas instruídas para difamar a administração municipal.

"Espero que as pessoas não sejam usadas como massa de manobra política por partidos que têm interesse em criticar a nossa gestão”, afirma. O prefeito, mais uma vez, declarou que pessoas ligadas a políticos que perderam as eleições querem prejudicá-lo.

Bem longe do protesto de amanhã, o prefeito disse que espera uma manifestação pacifica, sem vandalismo e quebra-quebra. Para ele, o principal alvo dos manifestantes deveria ser a saúde, especificamente sobre a Máfia do Câncer, com denúncias relativas ao Hospital Universitário e ao Hospital do Câncer.

Conforme Bernal, a Prefeitura vai disponibilizar agentes de trânsito para acompanhar a manifestação e reforçar a presença dos guardas municipais para proteger os prédios públicos. Também foi requisitado ao governo do Estado efetivo policial.

Com epicentro em São Paulo, com protesto contra o aumento da tarifa do transporte público, a onda de mobilização se espalhou pelo país e chega amanhã a Campo Grande. A concentração na praça começa às 17h e a passeata sai às 18h30.