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Política

Presidente de comissão vê como "apartheid" declaração de vereador sobre gays

Helio de Freitas, de Dourados | 16/09/2014 10:50

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Dourados, Márcio Fortini, comparou ao “Apartheid”, como ficou conhecida a separação entre negros e brancos, a proposta do vereador e candidato a deputado estadual Sérgio Nogueira (PSB) de levar homossexuais para uma ilha e deixá-los lá por meio século.

“Eu não sei se o vereador disse mesmo o que a imprensa divulgou, mas se ele falou foi no mínimo muito infeliz. Como pastor e cidadão ele tem o direito de ter a sua convicção, mas ele é um homem público, não pode tomar essa postura”, afirmou Márcio Fortini ao Campo Grande News.

Segundo o advogado, qualquer afronta ao direito individual das pessoas deve ser repelida pela sociedade. “A OAB e o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] reconhecem os direitos de uma relação homoafetiva. Se as pessoas têm esse direito então precisamos defendê-lo e não pregar a segregação, o Apartheid”, afirmou Fortini, reforçando que fala apenas com base nas informações divulgadas pela imprensa, já que não ouviu o discurso do vereador.

O Apartheid (separação) foi o regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos governos do Partido Nacional na África do Sul. Os direitos da grande maioria dos habitantes negros eram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

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